João Batista Damasceno conta a sua história na Polícia Civil

WhatsApp
Facebook
Twitter

Depois de Recber baixa do Exército brasileiro no mês em janeiro de 1981, ingressei no mês de Maio do mesmo ano, com apenas 19 anos de idade, na Polícia Civil e imediatamente sem nenhum treinamento, como era comum naquela época, recebi um revolver 38 e fui designado para trabalhar na cidade de Ji-paraná, pois o prédio da delegacia de cidade de Presidente Médici, para onde eu deveria ser lotado, não estava concluído.

 Apresentei-me exatamente no mês de Junho, ao Delegado Regional Edson Martins inicialmente comecei a trabalhar no plantão, porém certo dia fui convocado pelo delegado, para ir junto com o pessoal da Sevic numa diligencia para capturar o individuo Delvino Del Pla, capixaba, que no mês anterior havia assassinado o policial Jaime – que nem cheguei a conhecer – cuja esposa se encontrava gestante, o que causou grande comoção na cidade e toda Região.

 O fato é que naquela época, existiam grande conflitos de terra e Jaime e um outro chamado de  Borborema, foram a zona rural distante de Ji-Paraná e lá o policial Jaime, foi abatido a tiros de espingarda, pelo citado individuo, quando então o policial Borborema, sem saber ao certo se existiam outros atiradores se evadiu e de volta a delegacia narrou os fatos aos delegado.

 Como se sabe, naquela época existiam muitas pessoas de outros Estados e  muitos pistoleiros, que eram contratados para ameaçar e matar os proprietários rurais, para que abandonasses as suas terras, o que ensejou por parte da SSP/RO inclusive a Operação Caça-Pistoleiro, com a prisão e morte de vários deles.

 Foram escalados para a missão de captura do assassino do policial Jaime, Getulio Mario Gomes de Azevedo, hoje inspetor da PRF, Jani Ferreira, lotado na Delegacia de Ouro Preto D” Oeste e um outro colega de Ji-Paraná, cujo nome não recordo mais. O fato é que eu ainda noviço, enfrentei naquela oportunidade a minha primeira prova de fogo na atividade policial, junto com policiais veteranos.

 Para a diligencia conseguimos um veiculo Jipe emprestado do Incra, em razão dos grandes atoleiros nas estradas vicinais, para essa área bem distante, tanto que tivermos que pernoitar num sitio, para tentar a prisão no amanhecer do dia seguinte, como de fato ocorreu.

 Esse assassino foi a júri popular, porém foi absolvido, pois se alegou que o mesmo foi induzido a erro ao ver dois homens armados e num veiculo descaracterizado, imaginou que se tratava de bandidos, querendo matar a si e família, para assim se apoderar de suas terras e sem manter qualquer dialogo foi logo atirando, pois naquela época se vivia em toda região um clima de verdadeiro terror. 

 A passagem naquela cidade de Ji-Paraná, mais precisamente na Delegacia de Polícia daquela cidade, com policiais bem tarimbados, como Simões, Nivaldo Xavier e o seu irmão, dentre outros, foram motivo de orgulho para mim e contribuiu muito para a minha formação policial, onde permaneci ate 1985, quando fui transferido para o 5º DP na capital.

 Conto tal história, para que fique registrada as muitas dificuldades que atravessamos naquela época nesse difícil, porém empolgante trabalho policial. Oportunamente relatarei outras historias, para que fiquem registradas no nosso site e consequentemente  nos anais da nossa Polícia Civil.

 

Damasceno é o terceiro na foto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Últimas Notícias

Screenshot_20240312_051459_Facebook
Luto – Gertudes Alves Araujo Finzes
Screenshot_20240304_182440_WhatsApp
Nota de pesar - Francisco Candido Marcolino Neto
Screenshot_20240123_061932_Chrome
Bancada sindical busca consenso para apresentar contraproposta na MNNP
Screenshot_20240122_065509_Chrome
24 de janeiro é dia de luta dos aposentados e pensionistas
Screenshot_20240120_194937_WhatsApp
Luto - Ana Rosa Nogueira Gonçalves
Screenshot_20240119_060553_Gallery
Hoje seria aniversario do colega Walderedo Paiva
Screenshot_20240114_094243_Chrome
Com auxílio do Dieese, bancada sindical constrói contraproposta unificada para federais
Screenshot_20240112_184026_Gallery
Luto - Ângela Oliveira
IMG-20231222-WA0104
Salão de festas para alugar
Screenshot_20231127_060251_Gallery
Quatro anos do falecimento do colega Ivo José de Lucena

Últimas do Acervo

José Antônio Gentil
Homenageando mais um grupo de antigos companheiros da PC-RO
Screenshot_20240314_080544_Chrome
Sete anos do falecimento de Aníbal Duran Pinheiro
Segunda turma do Estado formada na nossa Academia de Polícia
Pra você que não conhecia esses policiais, saiba mais sobre esses companheiros de profissão
Screenshot_20240221_140312_WhatsApp
Delegados Mauro Gomes dos Santos e Dario Xavier Macedo
Screenshot_20240221_214915_Samsung Internet
Operação para prender ladrocidas foragidos
Screenshot_20240222_142517_Gallery
Audiência em Brasilia com o Ministro João Santana
No sublime torrão Rondoniense
No sublime torrão Rondoniense
Screenshot_20240220_101730_Gallery
Antonio Silva e Sivaldi Angeli
Screenshot_20240219_212805_WhatsApp
2023 ‐ Encontro de colegas
Screenshot_20240219_175053_Gallery
Confraternização entre colegas

Conte sua história

20220903_061321
Suicídio em Rondônia - Enforcamento na cela.
20220902_053249
Em estrada de barro, cadáver cai de rabecão
20220818_201452
A explosao de um quartel em Cacoal
20220817_155512
O risco de uma tragédia
20220817_064227
Assaltos a bancos continuam em nossos dias
116208107_10223720050895198_6489308194031296448_n
O começo de uma aventura que deu certo - Antonio Augusto Guimarães
245944177_10227235180291236_4122698932623636460_n
Três episódios da delegada Ivanilda Andrade na Polícia - Pedro Marinho
gabinete
O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete - Pedro Marinho.
Sem título
Em Porto Velho assaltantes levaram até o pesado cofre da Padaria Popular
cacoal
Cacoal nas eleições de 1978 - João Paulo das Virgens