Francisco Alves Cipriano – Bons tempos em que as polícias eram respeitadas por todos

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Desta feita vou nesta coluna contar alguns casos que eram bem comuns no passado, quando estávamos de plantão e que mesmo com pequeno efetivo, íamos até o local das ocorrências e éramos ouvidos e respeitados. 

Na década de 80 foi inaugurada na Avenida 7 de Setembro, uma loja exclusiva de artigos feminino, para trabalhar nela foram contratadas pessoas do sexo feminino, entre elas uma moça que residia no bairro Triângulo. Por motivo de ciúmes, o marido da mesma não permitia que ela trabalhasse, mesmo assim ela insistiu. Certo dia ele a seguiu, puxou a mesma pelos cabelos a derrubou no chão e a chutou deixando a mesma com várias escoriações pelo corpo.

Após o ocorrido, a mulher foi até o primeiro DP para registrar uma ocorrência, o comissário pediu que eu chamasse um policial para buscar o tal infrator, mas antes de irmos o colega policial percebendo que se tratava daquelas ocorrências que logo a mulher pedia para não prosseguir se aproximou dela a vítima e perguntou se ela queria que ele trouxesse o infrator vivo ou morto, ela olhou com um olhar compadecido e pediu para que não matasse seu marido, saímos então a procura do mesmo por todo o bairro, porém não o encontramos e nem alguém que o tivesse visto.

Num outro momento, como já era final de mês e o comissário entraria de férias e um colega policial assumiria o comissariado, então ficamos os três no plantão. Nos arredores da delegacia tinham vários barzinhos e em um certo dia um colega policial andando pelo local viu três homens em uma mesa tomando cerveja e percebeu que um deles portava arma de fogo, quando então o policial retornou a delegacia nos contou o que tinha visto e juntamente com o comissariado, fomos até o local. Chegando lá, o comissário passou a mão por cima da camisa de um dos homens e constatou que realmente se tratava de arma de fogo,quando então foi dada voz de prisão para o mesmo, que não esboçou nenhuma reação, e foi levado para a delegacia.

Na ocasião, várias pessoas começaram a se aproximar do local e como se tratava de uma situação que envolvia arma de fogo resolvi sair para ajudar, já do lado de fora vi sair de dentro da delegacia o infrator colocando a arma na cintura, por não entender aquele fato, retornei até a Delegacia e perguntei para o comissário o que havia acontecido para que o infrator fosse liberado, ele respondeu que se tratava de um grande amigo dele, que era uma ótima pessoa, que ele estava indo para casa e que não oferecia nenhum problema, pois tinha ficado com as balas do infrator e continuamos no plantão. Uma grave prevaricação praticada pelo colega, que deixo de identificar até mesmo porque a sua falta já prescreveu.

 

Mais tarde daquele mesmo dia recebemos uma ligação de um morador do bairro Areal, dizendo que na Rua Alexandre Guimarães, entre as ruas Tenreiras Aranha e Campos Sales, havia uma casa noturna de onde vinha um som muito alto, insuportável e que em uma residência próxima aquele local havia uma criança passando mal e o som estava a incomodando muito, e pediu que nós fossemos até o local pedir para baixarem o som, não fomos de imediato pois naquele momento estávamos muito ocupados, em um curto espaço de tempo ligaram mais duas vezes então decidimos ir até a casa noturna, Ao chegar no local, entramos e mandamos que o som fosse baixado e quem estivesse dançando parasse e aqueles sentados que se levantassem, para serem revistados, enquanto isso o proprietário do estabelecimento pedia muitas desculpas e dizia que nunca mais aquilo iria acontecer, e o comissário apenas respondeu que aquela vez nada seria feito, mas que se acontecesse novamente ele iria ser penalizado, o pesada multa, apreensão do som e até mesmo interdição do seu estabelecimento se cancelando o alvará de funcionamento. Bons tempos em que as policiais eram respeitadas e obedecidas.

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