Francisco Alves Cipriano conta mais uma de suas histórias na Polícia Civil.

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 No ano de 1985, não me recordo o dia e mês, eu estava de plantão juntamente com os colegas policial Ivan, policial Wilmar e o policial Edson Matos que era o comissário, era um plantão noturno e tudo corria normalmente, porém, esta tranquilidade que foi interrompida, quando fomos avisados que na antiga Praça dos Engraxates, situada entre as Ruas Enrique Dias e Sete de Setembro, mais precisamente em frente à Marinha, havia um elemento armado intimidando quem por ali transitava, como se tratava de uma pessoa portando arma de fogo, o comissário Edson achou por bem solicitar a polícia militar(PM) para averiguar o que estava acontecendo, chegando ao local foi dada voz de prisão ao infrator, que foi imediatamente desarmado e levado para o primeiro Delegacia de Polícia(DP).

 Na delegacia foi preenchido o BO e entregue juntamente com a arma ao comissário de plantão e para nossa surpresa o infrator era um policial civil que era subdelegado de polícia lotado ao longo do Rio Madeira, e como se tratava de um policial, o comissário comunicou o fato ao delegado de plantão que solicitou a presença do mesmo para explicar melhor os fatos.

Ao receber a ordem conduzi o infrator levando a ocorrência e a arma até a Central de polícia, naquele dia o delegado de plantão era o Dr. Sergio Barbosa, fiz a entrega da arma e da ocorrência, apresentei o infrator e o delegado mandou que o mesmo sentasse para conversar, o infrator sentou e colocou os pés em cima da mesa do delegado que o repreendeu e disse que ali era a mesa do delegado e que ele respeitasse, o infrator respondeu dizendo que era federal e que para conversar com um delegado do estado era daquele jeito, diante disso o delegado percebendo que aquela pessoa não se encontrava sóbrio não quis mais conversa e mandou que eu conduzisse o mesmo de volta e o colocasse atrás das grades.

 Chegando a delegacia, comuniquei a ordem do delegado ao comissário, que pelo fato do infrator também ser policial, achou melhor que ele ficasse junto a nós no plantão e pegou uma cadeira para que ele sentasse, ele então sentou e ficou super a vontade.

 Naquela época eu tinha um táxi e como já era tarde da noite e eu estava com sono fui até o taxi que tinha um toca fita e fiquei ouvindo som enquanto observava as pessoas indo e voltando do centro da cidade, naquele momento eu estava de costa para a delegacia quando ouvi um barulho vindo do interior dela, achei que fosse uma fuga em massa, quando na verdade eram os dois policiais, que estavam de plantão, correndo atrás do policial infrator que tentava fugir,quando então que já estava do lado de fora da delegacia, também corri atrás, e antes que o infrator chegasse ao local onde hoje funciona o galpão da feira do Cai n’água, ele foi alcançado e levado de volta, agora para o xadrez.

 Pela manhã o Delegado plantonista ordenou que o levasse a Central de Polícia para que lhe fosse entregue a sua arma, naquela oportunidade conduzi  tal policial e chegando lá, o mesmo se recusou a entrar alegando estar com vergonha do delegado, quando então o Dr. Sergio Barbosa aceitou a ausência dele e concordou de me entregar a arma e que levasse ele o policial até a margem do Rio Madeira e só entregasse a arma a ele quando lá chegasse.ma par ale, lá fizesse a entrega da arma e liberasse o mesmo para que fosse embora.

Seguindo as ordens do delegado, seguimos para a margem do rio e chegando lá o infrator desceu da viatura, fiz a entrega da arma e ele foi embora na sua voadeira pelo Rio Madeira, fiquei olhando até quando ele desapareceu e voltei para a Delegacia para concluir o nosso plantão.

Quem vinha do interior para a cidade passava obrigatoriamente defronte à delegacia e como fiquei conhecendo o mesmo, o vi algumas vezes passando pelo outro lado da rua observando o galpão velho da estrada de ferro. Certo dia eu ainda tentei falar com o mesmo, porém, ele olhou para mim e acenou com a mão dando a entender que não desejava conversa, acho que a sua vergonha ainda perdurava.

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