João Paulo das Virgens conta mais uma história da Polícia Civil

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O Brasão da Polícia Civil de Rondônia.

 Em 1981/82 quando era vice-presidente da Associação dos Servidores da Polícia Civil do Território Federal/Estado de Rondônia, fundada em 1979 e que congregava desde o Agente de Portaria, agentes administrativos, agentes de Polícia, escrivães, detetives de polícia, Datiloscopista e Delegados de Polícia, tínhamos como presidente o Delegado Walderedo Paiva.

Com a transformação do Território em Estado em 22 de dezembro de 1981 e com eleições marcadas para novembro de 1982, Walderedo Paiva teve que se desincompatibilizar do cargo seis meses antes, assumindo eu a presidência da entidade de congregação, pois devido a Constituição de 1967 não podíamos nos sindicalizar.

Com minha posse na presidência, entre muitas conquistas, a mais importante foi junto ao governador Jorge Teixeira de Oliveira, o pagamento pelo Estado, de um seguro de vida em grupo, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros) para cada policial morto, o que acontecia constantemente devido à grande migração, onde muitos pistoleiros de todo o Brasil, garimpeiro ilegais e principalmente a insalubridade da região, onde muitos morriam não só de balas, mas principalmente de malária e hepatites, além de acidentes devido às condições das estradas ou faltas dela, onde se abria picadas para avançarmos nas matas.

O Policial Civil era regido pela CLT e ao falecer a família ficava desamparada e sem os vencimentos do mantenedor, passando por sérias dificuldades. O governador sensível a causa e considerando o nosso pedido, determinou o pagamento do seguro de vida em grupo feito pela Sul América Seguros e após passarmos a estatutários, o governo deixou de pagar, mas a maioria dos Policiais continuou pagando e muitos pagam até hoje através do contracheque.

Mas voltando sobre ao tema do Brasão da Polícia, nós tínhamos um colega policial que era desenhista/caricaturista, o saudoso Juarez de Paula, então eu pedi a ele que fizesse um desenho para ser o brasão da Associação, ele desenhou alguns, sendo um deles adotado por nós perdurando durante muitos anos, até recentemente quando foi mudado.

Ainda naquela ocasião, eu em conversa com o Assessor de Comunicação da SSP, o lendário jornalista Vismar Kfouri, propôs que fizéssemos um concurso para a escolha do Brasão da Polícia Civil de Rondônia, o que foi prontamente aceito. Eu e ele fizemos os chamamento e as regras e vários colegas e outros artistas apresentaram seus trabalhos e uma comissão formada por mim, Vismar Kfouri, a delegada Maria Ivanilde de Andrade e a delegada Maria Auxiliadora Toscano Bezerra, fizemos parte da comissão para a escolha do brasão, que teve apoio do Secretário Hélio Máximo Pereira e do Diretor Geral Sebastião Teixeira Chaves.

Entre os trabalhos apresentados, escolhemos esse que é até hoje nosso símbolo maior e nossa bandeira da honrosa Polícia Civil de Rondônia. Das partes que foram apresentadas no concurso, onde cada um o autor escreveu sobre o seu significado, eu destaquei as duas mãos em forma de casa e proteção ao cidadão e família, que já existia no brasão do Sinsepol e com a autorização do então Secretário de Segurança, foi adotado como brasão de nossa Polícia Civil.

Falando na nossa colaboração nossa policias do ex-território com a instituição policial civil, além desta criação do brasão, vale destacar aqui que o Hino da Policia Civil é de autoria do nosso colega delegado   Pedro Marinho. Vale ressaltar ainda mais duas coisas. A primeira é que no Brasão do Sinsepol a sua cor original era azul e segundo, que três meses depois me desincompatibilizei da presidência da Associação para concorrer ao cargo de Vereador por nossa capital, com apoio da categoria e fazendo dobradinha com Walderedo Paiva, onde ambos fomos eleitos. Ele Deputado Estadual e eu como vereador de Porto Velho com 700 votos. 

Meu mandato durou seis anos (1983 a 1989) e consegui muitas conquistas para a categoria, principalmente no quesito habitação, onde grande parte dos colegas morava em “estâncias” em situação caótica, devido à total falta de habitação na capital. Então foram distribuídos terrenos com aberturas de novos bairros e as construções dos conjuntos habitacionais, onde conseguíamos casas nesses conjuntos para policiais e Delegados. 

Uma resposta

  1. Na época do seu início cheguei a lhe conhecer mas sem quaisquer avanços…hoje lendo sobre sua vida como policial e vereador relembrei de você mas sem maiores repercussões mesmo porque eu nao o conhecia nem houve quaiquer avanços…. sou de PVH mas sempre morei em Manaus. Nessa época passei a morar em PVH até 1990 voltandoa morar em Manaus, onde estou desde aquela época. Gostaria de embora tarde lge parabenizar por seu grande prestígio conquistado naquele período. Não sei de vc hoje, mas como falei PARABÉNS por todas suas conquistasdessa época.

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