O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete – Pedro Marinho.
Quando do assassinato do nosso colega Delegado Mauro dos Santos no interior do Estado de Rondônia eu me […]

Quando do assassinato do nosso colega Delegado Mauro dos Santos no interior do Estado de Rondônia eu me encontrava mais uma vez como Diretor do Departamento de Polícia Metropolitana e por falta e respondendo como titular do 1°Distrito Policial em Porto Velho e ao adentrar na citada unidade, dois policiais, cujo nomes vou preservar, adentraram no meu gabinete para informar que o perigoso latrocida Paulo Levanski, passara à noite inteira fazendo bagunça e comemorando a morte do delegado e mesmo chamado a atenção pelo policiais plantonistas, ignorou e fez barulho durante a noite inteira.
Percebendo que os dois os policiais esperavam de mim, alguma ação contra o bagunceiro preso, nem pensei duas vezes e disse que trouxessem tal figura a minha presença, pois iria lhe dar uma descompostura grande.
Momentos depois eis que os dois policiais adentraram no meu pequeno gabinete com o referido preso, quando então me postei de pé e passei a criticar a sua conduta e o desrespeito ao falecido colega, quando surpreendente o preso deu um passo para trás, para tirar dos pés as sandálias japonesas e desferiu um murro contra o meu rosto, quando instintivamente desviei a cabeça, sentindo que o murro passou com muita força perto da minha orelha esquerda, quando então lhe desferi um chute na altura do estomago, que o jogou no chão de encontro a parede de madeira que dividia duas salas, causando grande estrondo ouvido por todos na delegacia.
Ao vê-lo no chão, percebendo que os dois policiais tinham fugido da sala, passei a esmurrar e chutar o preso, evitando assim que ele tentasse novo ataque, quando então adentrou rapidamente na sala o policial Raimundo Nonato Ribeiro, mais conhecido por ‘Mão Grande’ que com seu avantajado físico e com a força que tinha, contando com a minha ajuda dominou e algemou o preso, jovem e com um bom tipo físico.
Superado o susto e o mal estar, não havia ambiente para a permanência do preso Paulo nas dependências do 1° DP, quando então depois de contatar o saudoso colega Henry Anthony e explicar o ocorrido, consegui transferir Paulo para o 4° Distrito, sem proceder o flagrante de agressão, pois diante de sua vasta ficha criminal, achei que seria pura perda de tempo.
O interessante dessa história é que fiquei revoltado contra os dois policiais e mandei chama-los ao gabinete para as devidas explicações, quando candidamente um deles informou que eles tinham corrido para buscarem socorro com os policiais plantonistas, o que virou zombaria entre todos, pois era o caso de polícia, pedindo socorro a polícia. Tal episódio ficou mal para eles, muito mal.
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