A 5ª Vara Federal em Presidente Prudente (SP) condenou o ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, José Rainha Júnior, a 31 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de extorsão, formação de quadrilha e estelionato, além do pagamento de multa; Rainha foi investigado em 2011 pela Polícia Federal na Operação Desfalque, que apurou um esquema de extorsão em empresas e desvio de verbas destinadas a assentamentos agrários; por causa de um habeas corpus, Rainha poderá apelar da sentença em liberdade
247 – A 5ª Vara Federal em Presidente Prudente (SP) condenou o ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, José Rainha Júnior, a 31 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de extorsão, formação de quadrilha e estelionato, além do pagamento de multa.
Rainha foi investigado em 2011 pela Polícia Federal na Operação Desfalque, que apurou um esquema de extorsão em empresas e desvio de verbas destinadas a assentamentos agrários. Por causa de um habeas corpus, Rainha poderá apelar da sentença em liberdade.
De acordo com o Ministério Público Federal, Rainha e os outros réus da ação utilizavam trabalhadores rurais ligados ao MST como “massa de manobra” para invadir terras e exigir dos proprietários o pagamento de contribuições para o movimento.
Porém, interceptações telefônicas apontaram que o dinheiro era desviado para os integrantes da quadrilha. Também foi condenado Claudemir Silva Novais, apontado como um dos principais integrantes da quadrilha liderada por Rainha.
Em 2011, Rainha teria recebido R$ 70 mil de duas empresas para não invadir e queimar plantações de cana em fazendas da região do Pontal do Paranapanema e Paraguaçu Paulista. Também foi acusado de pedir R$ 112 mil a uma concessionária de rodovias após ameaçar obstruir e danificar praças de pedágio da empresa.
A decisão aponta que a quadrilha também se apropriou de cestas básicas fornecidas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a famílias de assentamentos –cobravam uma taxa dos trabalhadores rurais alegando que se tratava do custo do frete. Desde 2007, Rainha não integra mais o MST.