Del. Francisco Ribeiro Lima
Reportando-me à década de 80, maisprecisamente ao ano de 1985. quando ainda PeritoCriminal e diretor do Instituto de
Criminalística/DPT/SSP/RO, com a incumbência de realizar no Banco do Brasil em Cacoal, um levantamento técnico pericial, me desloquei juntamente com o meu colega também Perito Criminal Dativo França Dativo, saindo de Porto Velho por via aérea, até a referida cidade, onde ocorrera um arrombamento no Banco do Brasil/S/A. Em lá chegando e em contato com o subgerente do citado Banco, o mesmo nos informou que o fato ocorreu por volta das 23h30min do dia 06 de setembro de 1985, só que antes do horário acima
referenciado, elementos
estranhos invadiram sua
residência e o detiveram como refém juntamente com sua família, levando-os em seu próprio carro para a Agência Bancária, sob a mira de armas de fogo, onde também detiveram como reféns funcionários que ali se achavam trabalhando no Setor de Recepção de Caixas e Caixa Forte.
Quando do levantamento técnico pericial no local em alusão, apesar de à época a moeda corrente do país ser o Cruzeiro, o subgerente nos informou que no interior da Caixa Forte, existia em dinheiro, a quantia de CR$ 2.723.442,245 (dois bilhões, setecentos e vinte e três milhões, quatrocentos e quarenta e dois mil, duzentos e quarenta e cinco cruzeiros) e, que após um levantamento, constatou-se que fora subtraído, isto é levada pelos assaltantes a quantia de CR$ 2.713.138,018 (dois bilhões, setecentos e treze milhões, cento e trinta e oito mil e dezoito cruzeiros), ficando apenas CR$ 10.304.227 (dez milhões, trezentos e quatro mil, duzentos e vinte e sete cruzeiros), sendo a maior parte em moedas. Este assalto a mão armada e ao mesmo tempo arrombamento, abalou de forma surpreendente o Estado de Rondônia.