Gleisi, Lula, Dilma, Vaccari, Mantega e Palocci viram réus por organização criminosa

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Essa é a primeira vez que a ex-presidente Dilma vira ré na Lava Jato
Francine Marquez

A Justiça Federal do Distrito Federal aceitou, nesta sexta-feira (23), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Lula, Dilma Rousseff, os ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palocci, Edinho Silva, Paulo Bernardo, a mulher dele, presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pelo crime de organização criminosa. Essa é a primeira vez que a ex-presidente Dilma vira ré na Lava Jato.

Sendo assim, os petistas se tornaram réus no inquérito que ficou conhecido como “Quadrilhão do PT”. A denúncia foi feita em 2017, pelo então PGR, Rodrigo Janot, que afirma que entre os anos de 2003 e 2016, os ex-presidentes lideraram uma organização criminosa que lesou a Petrobras, pela prática de “uma miríade de delitos” na administração pública durante os governos de Lula e de Dilma Rousseff, somando R$ 1,4 bilhão em desvio de recursos dos cofres públicos.

Para Janot, foram desviados da estatal petrolífera 1,5 bilhão de reais ao longo dos catorze anos em que a suposta organização criminosa vigorou. Conforme as investigações da Operação Lava Jato, os valores possibilitaram o pagamento de propinas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Engevix, que tinham contratos com a Petrobras.

Na decisão, o juiz Vallisney de Souza Oliveira da 10ª Vara Federal. “Verificou-se o desenho de um grupo criminoso organizado, amplo e complexo, com uma miríade de atores que se interligam em uma estrutura de vínculos horizontais, em modelo cooperativista, nos quais os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, bem como em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e tomadas de decisões mais relevantes”.

Até o ano passado o inquérito tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF), porém depois que os envolvidos perderam o foro privilegiado, o caso passou para à primeira instância.(Com informação Veja)

Diariodopoder.com.br

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