Ex-ministro teve negado pela Justiça o seu segundo pedido de habeas corpus preventivo para não ser preso na Operação Lava Jato; decisão foi tomada nesta sexta-feira, 10, pelo juiz federal Nivaldo Brunoni, que manteve os mesmos argumentos usados para negar o primeiro pedido; para o magistrado, o receio de ser preso não justifica decisão preventiva do Judiciário; advogado de José Dirceu, Roberto Podval, ressaltou no recurso que, devido à dinâmica das investigações comandadas pelo juiz Sérgio Moro, “tudo leva a crer” que José Dirceu está prestes a ser preso
André Richter, da Agência Brasil – O juiz federal Nivaldo Brunoni decidiu nesta sexta-feira, 10, manter a decisão que rejeitou habeas corpus preventivo ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Na semana passada, o juiz negou o mesmo pedido do ex-ministro para evitar sua eventual prisão na Operação Lava Jato.
Ao rejeitar o novo pedido de habeas corpus preventivo, o juiz manteve os argumentos da primeira decisão. Ele entendeu que o receio de ser preso não justifica decisão preventiva do Judiciário.
Nivaldo Brunoni disse que o fato de Dirceu ter sido citado pelo empresário Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada, não significa que ele será preso.
O advogado do ex-ministro, Roberto Podval, ressaltou no recurso que, devido à dinâmica das investigações, “tudo leva a crer” que José Dirceu está prestes a ser preso. Podval afirmou que a eventual prisão de Dirceu não se justifica, pois ele está colaborando desde o momento em que passou a ser investigado na Lava Jato. A defesa alega que o ex-ministro é alvo de uma “sanha persecutória”.
O ex-ministro cumpre prisão em regime aberto por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.