PM indicia mais de mil policiais militares por motim e revolta no Espírito Santo

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Polícia Militar terá 60 dias, prorrogáveis por mais 20, para concluir os inquéritos. O prazo é apertado, mas os indiciamentos pressionam os militares

POR CONGRESSO EM FOCO | 17/02/2017 20:31

Tânia Rego/Agência Brasil
Militares garantiram a segurança no estado

A Polícia Militar do Espírito Santo ampliou de 700 para 1.151 o número de policiais indiciados por crimes de motim e revolta durante a mobilização de uma semana que deixou o estado sem serviço de policiamento nas ruas. Foi necessária a intervenção das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública. O estado conta com cerca de 10 mil policiais militares.

Os dados foram divulgados em boletim interno da PM e confirmados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. O prazo para a conclusão dos inquéritos é de 30 dias, prorrogáveis por mais 20. Será difícil cumprir esses prazos, mas a divulgação do aumento do número de indiciados pode desmobilizar os policiais.

Durante a paralisação, as mulheres dos policiais acamparam em frente ao comando da Polícia Militar, supostamente impedindo a saída dos policiais para as ruas. Autoridades federais que estiveram em Vitória, afirmaram que a estratégia não passou de uma farsa para encobrir a greve, que é vedada pela Constituição federal.

A chegada das tropos federais deu fim aos assaltos, assassinatos e saques a lojas que tomaram conta da capitais e principais cidades do estado durante os primeiros dias de paralisação dos PMs.

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