Servidores protestam em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília
Grupo de aproximadamente 500 pessoas é contra reforma trabalhista e MP que adia reajuste do funcionalismo público para 2019
Vera Batista , Hamilton Ferrari – Especial para o Correio Brazielense
Minervino Junior/CB/D.A Press
Servidores públicos se reúnem, na manhã desta sexta-feira (10/11), em frente ao Bloco C da Secretaria de Relação de Trabalho no Ministério do Planejamento. Eles participam do Dia Nacional de Paralisação, convocado por centrais sindicais contra a reforma trabalhista e as medidas provisórias que determinam o adiamento dos reajustes da categoria e o aumento da alíquota previdenciária. Manifestações ocorrem também em ao menos nove estados.
Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) estimam em 500 pessoas o total de participantes. O número decepcionou os organizadores, que esperavam uma adesão maior. Para Jordan Pereira, presidente do Sindicato Nacional do Banco Central, a baixa participação, pelo menos até o fim da manhã — outro ato está previsto para as 15h —, pode ser explicada pelo fato de Medida Provisória nº 805 ter sido editada recentemente e as pessoas ainda não terem avaliado o impacto da medida.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Alex Canuto, nem todos os servidores estão satisfeitos com as pauta unificadas com as centrais sindicais, e a o funcionalismo est[a cansado do discurso de golpe. “A pauta mais importante é combater o governo corrupto que distribui dinheiro com medidas parlamentares e ainda joga a conta para a sociedade”, disse.
Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, esse primeiro movimento, na verdade, é um alerta à sociedade dos efeitos do pacote do governo. “Se não lutarmos por direitos agora, um dia não haverá mais direitos. Essa apatia terá que chegar ao fim.”