Pela imprensa se tem noticia que cento e sessenta prefeitos e 800 vereadores paraibanos já confirmaram presença no evento que será promovido pela Federação das Associações Municipais da Paraíba (Famup) nesta sexta-feira, quando eles suas excelências irão participar de uma reunião quando estará em pauta a PEC 56/2019 que propõe a unificação das eleições no País, o que ocasionaria a prorrogação dos mandatos dos prefeitos e vereadores eleitos em 2016.
No capítulo da prorrogação de mandatos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores com registro recente na história política brasileira destaca-se a medida que vigorou para os eleitos em 1982. O pretexto era também o de unificar eleições, de prefeitos a presidentes da República. As eleições de 82, além de ocorrerem nas disputas para prefeituras de cidades, com exceção de Capitais, envolveram as disputas a governos estaduais, senadores e deputados federais e estaduais.
O fato é aqueles atuais detentores de mandato dessa imoral PEC e que irá beneficiá-los, esqueceram de combinar com os eleitores, pois é sabido que todos foram eleitos para um mandato de apenas quatro anos e, portanto já estão com prazo de validade quase vencendo e maioria atualmente se encontra pessimamente avaliado pela população.
Nossa democracia ainda é muita jovem e uma PEC dessa sem combinar com a população, soa como autoritarismo. Votar é salutar e serve para oxigenar a nossa representação política, sem falar que se aprende votar é votando e quanto mais vezes melhor.
Só para ficar por aqui mesmo, fora alguns apadrinhados políticos, quem em sã consciência gostaria de ver Luciano Cartaxo e os atuais vereadores com os respectivos mandatos estirados por mais dois, perfazendo Cartaxo, dez anos à frente da Prefeitura de João Pessoa?
A alegação de que eleição a cada dois anos sai muito caro e a unificação traria economia aos cofres públicos é risível e não se sustenta, pois quanto maior o números de cargos na disputa, além da confusão na cabeça dos eleitores, terminaria com os mesmos custos que existem hoje e talvez até mais.
Conselho aos eleitores fiquem atentos aqueles que defendem essa excrescência, bem como nos parlamentares que votarem nessa PEC, para que possamos bani-los da vida pública.