A reunião ocorre na sede do ministério, em Brasília, e participam representantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional. Parlamentares aliados do governo, como o deputado Sanderson (PL-RS) e Aluisio Mendes (PSC-MA), também estão presentes.
O encontro ocorre após a crise aberta com a avaliação de o governo de conceder reajuste de 5% dos salários dos servidores federais de todas as categorias da administração pública. A expetativa é para que o anúncio seja feito nesta semana. A recomposição deve ser feita a partir de julho.
Para cumprir o reajuste, o Executivo terá de diminuir os recursos de outros setores do governo. De acordo com a Lei Orçamentária de 2022, apenas R$ 1,7 bilhão podem ser usados para o reajuste neste ano. Os 5% farão com que o governo tenha de gastar até R$ 6,3 bilhões com a medida.
A medida, no entanto, não agradou à categoria dos policiais. Na última quinta-feira (14), a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) divulgou uma nota manifestando indignação com a notícia de que o governo iria conceder reajuste de 5%, e não um benefício maior direcionado às forças de segurança.
Segundo a nota, a associação afirma que “se a informação se confirmar, haverá uma quebra desleal do compromisso, que será sentida ainda mais depois das diversas perdas sofridas pelos policiais federais durante este governo, que sempre teve entre suas bandeiras a segurança pública”.
“Até o presente momento, não houve nenhuma ação concreta de respeito ao policial federal, que arrisca sua vida no cumprimento do seu dever e não tem nem mesmo assegurada a pensão integral por morte aos seus familiares, além de ter tido uma redução salarial considerável com o aumento da sua contribuição à previdência”, argumenta a instituição.
R7
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