Alvejado por uma chuva de dólares falsos no dia de ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já traçou o plano para permanecer à frente do Legislativo; ele tentará provar que não mentiu ao negar suas contas na Suíça; no entanto, reconhecerá o vínculo com os dólares lá depositados, mas sem dizer que as contas são suas – na realidade, elas pertencem a empresas offshore em que ele aparece como beneficiário; Cunha dirá ainda que o dinheiro é lícito e se deve ao pagamento de empréstimos feitos a um deputado morto; na prática, Cunha se comportará como Armando Volta, personagem do ator David Pinheiro na escolinha do professor Raimundo, que imortalizou o bordão sambarilove; será que o Congresso engole essa?
247 – Sempre que não tinha o que responder, o personagem Armando Volta, criado pelo ator David Pinheiro, saía-se com o bordão sambarilove, na Escolinha do Professor Raimundo.
É mais ou menos isso o que fará o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já prepara sua defesa no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, onde será julgado por quebra de decoro parlamentar.
Cunha, acusado pela procuradoria-geral da República de manter diversas contas secretas na Suíça, onde estão bloqueados mais de R$ 20 milhões, recebeu ontem uma chuva de dólares falsos, no salão verde da Câmara dos Deputados.
Segundo informa reportagem de Ranier Bragon (leia aqui), na noite de ontem, ele já traçou o plano para permanecer à frente do Legislativo.
De acordo com a estratégia, Cunha tentará provar que não mentiu ao reconhecer o vínculo com os dólares bloqueados na Suíça, sem, no entanto, dizer que as contas são suas – na realidade, elas pertencem a empresas offshore em que ele aparece como beneficiário.
Cunha dirá ainda que o dinheiro é lícito e se deve ao pagamento de empréstimos feitos a um deputado morto – o ex-parlamentar mineiro Fernando Diniz.
Ou seja, sambarilove. Será que o Congresso engole essa?