Senador Delcídio Amaral (PT-MS) diz que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, atuou como “agente infiltrado” da Polícia Federal, quando gravou uma conversa em que o parlamentar sugeria que poderia ajudar seu pai financeiramente e também nos tribunais superiores; gravação de Bernardo foi também responsável pela prisão do ex-banqueiro André Esteves, do BTG Pactual; ao apontar armação, Delcídio espera que o STF reveja sua prisão
Brasília 247 – Os advogados do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso desde novembro do ano passado pela operação Lava Jato, pediram ao Supremo Tribunal Federal nessa terça-feira, 2, a anulação da gravação feita pelo filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, em que Delcidio supostamente tenta impedir a delação premiada do ex-diretor.
Na defesa entregue ao STF, os advogados de Delcídio afirmam que o senador “jamais pretendeu perturbar” as investigações e que Bernardo Cerveró marcou uma reunião para levar o parlamentar a uma “armadilha”. A defesa alega ainda que Bernardo Cerveró agiu como um “agente infiltrado” ao gravar a conversa com Delcídio, o que deveria ter sido autorizado judicialmente, segundo os advogados.
Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República, o parlamentar chegou a oferecer R$ 50 mil mensais para Cerveró em troca de o ex-diretor não citá-lo na delação premiada. A gravação de Bernardo foi também responsável pela prisão do ex-banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. Ao apontar armação, Delcídio espera que o STF reveja sua prisão.