O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designado, por sorteio, para analisar um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar o senador Romário (PSB-RJ) e os deputados federais Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Jutahy Júnior (PSDB-BA); o ponto de partida para o Ministério Público solicitar a investigação dos três políticos foi a troca de mensagens entre o presidente licenciado do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro; com base nas mensagens telefônicas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quer autorização do Supremo para investigar Romário, Maia e Jutahy por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
247 – O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designado, por sorteio, para analisar um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar o senador Romário (PSB-RJ) e os deputados federais Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Jutahy Júnior (PSDB-BA).
O ponto de partida para o Ministério Público solicitar a investigação dos três políticos foi a troca de mensagens entre o presidente licenciado do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro.
Com base nas mensagens telefônicas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quer autorização do Supremo para investigar Romário, Maia e Jutahy por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O nome de Romário apareceu na troca de mensagens entre Marcelo Odebrecht e seu subordinado Benedicto Barbosa da Silva Júnior, descobertas no ano passado, quando o empreiteiro foi preso pela Operação Lava Jato. Benedicto também chegou a ser preso. A Polícia Federal encontrou com o funcionário da Odebrecht planilhas com o controle de valores distribuídos a mais de 200 políticos.
Ele teria recebido doação ilegal da construtora Odebrecht para sua campanha ao Senado em 2014. A construtora teria doado R$ 100 mil ao parlamentar não declarados à Justiça.
O nome de Rodrigo Maia também aparece em mensagens encontradas no celular de Léo Pinheiro. “A doação de 250 vai entrar?”, diz Maia ao empreiteiro. Dois dias depois, mostram as mensagens, o deputado do DEM insiste com o então presidente da OAS: “Se tiver ainda algum limite pra doação, não esquece da campanha aqui”, escreveu o parlamentar fluminense a Léo Pinheiro.
Oficialmente, também não aparece doação da OAS para Rodrigo Maia na Justiça Eleitoral.
O MP descobriu que Jutahy Júnior marcou uma reunião com Léo Pinheiro em um dia e, no outro, recebeu doação de R$ 30 mil.
Depois, em uma mensagem ao executivo da OAS, o deputado tucano questiona quando receberia a segunda parte. “Caso seja possível, gostaria de sua ajuda pra que Varjão (OAS) completasse o combinado. Desde já, agradeço a grande ajuda que vocês deram a minha campanha”, escreveu Jutahy em mensagem telefônica.
Como não houve uma segunda doação oficial, o Ministério Público apura se houve pagamento a algum fornecedor do deputado do PSDB.