A Eduardo Cunha, só restou a delação premiada

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Ao perder por 11 a zero na votação de ontem do Supremo Tribunal Federal que o tornou réu pelo uso de contas e trustes no exterior, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ficou sem saída; isso porque, na mesma sessão, foi também negado o recurso para que sua esposa Claudia Cruz e sua filha Danielle Dytz fossem julgadas em Brasília, no âmbito dos seus processos; as duas estão nas mãos do juiz Sergio Moro e o mesmo pode vir a acontecer com Cunha, caso sua cassação, que parece inevitável, seja aprovada em plenário; já com os bens bloqueados, Cunha tem um único caminho para atenuar suas penas: revelar os nomes dos parlamentares e políticos que comprou para se tornar presidente da Câmara; como sua eventual delação assusta o Planalto, o interino Michel Temer se limitou a qualificá-lo como “batalhador político e jurídico”
247 – Réu pela segunda vez no Supremo Tribunal Federal, e novamente por unanimidade, numa votação em que perdeu por 11 a zero, o presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pôde se dar conta, no dia de ontem, de que suas possibilidades jurídicas estão praticamente esgotadas.

Réu por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber propinas em negócios internacionais da Petrobras e também de manter várias contas e trustes no exterior, Cunha fatalmente será condenado à prisão pelo resto de sua vida. Seus recursos e de suas empresas, como a Jesus.com, já estão bloqueados. Para piorar, o Supremo também aceitou o desmembramento das ações contra sua família – o que significa que sua esposa Cláudia Cruz e sua filha Danielle Dytz serão julgadas pelo juiz Sergio Moro do Paraná, o que também deve acontecer com Cunha, caso sua cassação, que hoje parece inevitável, seja aprovada.

Chamado de “batalhador político e jurídico” pelo interino Michel Temer, em sua entrevista a Roberto D‘Ávila, Cunha tem hoje uma única saída para aliviar suas penas: buscar um acordo de delação premiada, em que revele os nomes de todos os políticos favorecidos por seus esquemas.

Parece evidente, por exemplo, que quando recebia R$ 52 milhões de uma empresa como a Carioca Engenharia, Cunha não utilizava esse dinheiro apenas para si. Com essa montanha de dinheiro, ele comprava parlamentares, financiava campanhas e também cooptava aliados na cúpula do PMDB. E vale dizer que o esquema da Carioca era apenas um dos esquemas de Cunha.

Com tanto dinheiro, Cunha se tornou capaz de controlar 55% dos votos na Câmara, produzindo, assim, o dia da infâmia, que foi a votação de 17 de abril deste ano, que abriu espaço para o golpe parlamentar em curso no Brasil. Cunha se orgulha de ter afastado a presidente Dilma Rousseff e o PT do poder, mas, se não decidir entregar seus comparsas, seu destino será muito pior.

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