Alan Marques
Josias de Souza
Num instante em que o PT ajusta seus planos à realidade pós-impeachment, dirigentes da legenda começaram a sussurrar entre si uma pergunta incômoda: o que fazer com Dilma Roussseff depois que o Senado confirmar sua deposição? Um grão-petista que tem apreço por Dilma disse torcer para que ela não cultive nenhum projeto político pessoal. Sob pena de se decepcionar.
Num instante em que o PT ajusta seus planos à realidade pós-impeachment, dirigentes da legenda começaram a sussurrar entre si uma pergunta incômoda: o que fazer com Dilma Roussseff depois que o Senado confirmar sua deposição? Um grão-petista que tem apreço por Dilma disse torcer para que ela não cultive nenhum projeto político pessoal. Sob pena de se decepcionar.
Forma-se no PT uma corrente que defende a tese segundo a qual Dilma deve ser desligada da tomada. Como tudo no partido, esse assunto também passa por Lula. Avalia-se que o criador é a pessoa adequada para conversar com a criatura sobre a inconveniência de prosseguir na vida pública.
Pelo menos um dirigente do PT defende que o debate seja adiado para depois da passagem de Dilma pela câmara de descompressão da América Latina, já que ela manifestou a intenção de realizar uma viagem por países da região. Com isso, o partido ganharia tempo para dimensionar o estrago a ser produzido pela delação de Marcelo Odebrecht, que deve tornar Dilma matéria-prima para a Lava Jato.