Minha primeira história foi por volta do ano de 1982, eu trabalhava na 5º DP em Porto Velho e tínhamos o costume de fazer patrulhamento (ronda) na área do trevo do Roque onde funcionava os prostíbulos e fazíamos isso na tentativa de manter a tranquilidade naquele local pois se tratava de um ambiente que sempre tinha muitas ocorrências de brigas, furtos e outros delitos.
Em determinado dia, me encontrava de plantão e junto com condutor de viatura Aurelindo Gomes Maia, mais conhecido como Maia, quando resolvemos fazer uma ronda no local citado e ao chegarmos lá, ainda de longe avistamos um casal aos nossos olhos em atitude suspeita, quando então os abordamos e o Maia prontamente conduziu o homem até a viatura, enquanto eu me encarreguei de conduzir a mulher.
No trajeto da abordagem até a viatura, eis que o rapaz saiu correndo e eu abandonei a mulher e segui no seu encalço o alcançando e o conduzindo de volta a viatura, pois ele inexplicavelmente tinha trancado o Maia no camburão da viatura.
Mesmo sem entender nada, retirei o companheiro do chiqueirinho da viatura, colocando ali o casal, seguindo com os mesmos até a 5ª delegacia de polícia para ali averiguar melhor a situação deles.
O fato curioso nesse episódio todo, foi que além da fuga e a colocação do companheiro Maia no chiqueirinho, foi quando indagamos a jovem, por que a mesma não tinha fugido e eis que para nossa surpresa ela respondeu, que seu grande sonho era conhecer uma delegacia, quando então atônitos com a resposta começamos a rir da situação, que dividimos com os demais plantonistas aos chegarmos na unidade, sendo tal operação motivo de comentários por vários dias.