Pedro Marinho conta a sua quarta história na Polícia Civil

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Em mês e ano que infelizmente não recordo, sabendo apenas que foi no final dos Anos 80, me encontrava como diretor da Polícia Metropolitana quando fui chamado fui chamado urgente na Diretoria Geral da Polícia, recebendo a determinação do Diretor Francisco Esmone Teixeira, para embarcar urgente num helicóptero no hangar do governo e seguir  um veiculo gol branco com três homens que haviam assaltado um comprador no centro da capital  e empreendido fuga pela Campos Sales seguido de perto por uma viatura do 4º Distrito Policial, porém ao chegar na entrada da rodovia que leva a Abunâ, eis que faltou combustível, posto que naquela época  a cota diária era de apenas de 10 litros por viatura, tendo o veiculo gol se evadido.

Naquela ocasião, foi dito pelo diretor, como a aeronave não transportava muita gente, eu deveria perseguir os criminosos levando apenas o policial   Aldenis, que na época fazia a segurança do secretário, cujo policial morreu anos depois, vitima de acidente de transito na Avenida Jorge Teixeira de Oliveira, tendo Aldenis, se apresentado a mim portando na cintura como eu um revolver 38 e trazendo ainda duas metralhadoras Iná, para a operação que foi iniciada imediatamente com a decolagem do helicóptero.

Após alguns minutos, eu bem ansioso, pois jamais tinha me deslocado num helicóptero, eis que nós avistamos um gol branco, ou seja, com as mesmas características, em grande velocidade pela rodovia, tendo o piloto a meu comando, executado alguns vôos mais baixos, para assim tentar fazer com que o veiculo parasse e os assaltantes se entregassem, num momento de muita apreensão, pois ele mergulhava de frente o helicóptero e como o mesmo é todo envidraçado eu sentado ao seu lado no banco da frente,, tinha a impressão que iria atravessar o vidro e cair embaixo, uma sensação muito desagradável, para quem como eu jamais tinha utilizado um helicóptero.

Depois de vários ataques, eis que o motorista do gol adentrou no Distrito, hoje submerso pelas águas, Mutum -Paraná  e parou a cerca de 20 metros, descendo os ocupantes do Gol,  todos  com as mãos para o alto, quando então o piloto fez descer o helicóptero, levantando toneladas de areia vermelha e estragando definitivamente os almoços de dezenas de pessoas que naquela hora comiam nas muitas barracas ali existentes.

Ao saltar do helicóptero com as metralhadoras apontadas para os três e prevendo possível reação, gritamos muitos para eles:  ‘Para o chão’…. ‘Para o chão’….‘Para o chão’.  Oportunidade que as três pessoas se jogaram de bruços no chão, ficando todos cobertos pelo barro vermelho ali existente.

Logo que com as devidas cautelas, nós aproximamos, os mesmos começaram gritar que não eram bandidos e sim o motorista e dois engenheiros da Ceron, que estavam ali serviço da empresa, num veiculo gol alugado e sem identificação. Na oportunidade então os revistamos e sacamos dos bolsos dos mesmos os respectivos documentos, verificando ainda no interior do veiculo, que não existiam armas e nem muito menos ouro e sim apenas o material de trabalho dos dois engenheiros, que foram ali fazer um trabalho de observação e  medição da fiação elétrica.

Desnecessário dizer o constrangimento de todos nós, ou seja, do piloto e policiais, dos donos das barracas de alimentos e das pessoas que perderam seus almoços e muito principalmente dos servidores da Ceron, que devem ter perdido as roupas que vestiam na ocasião, em razão da impossibilidade de tirar delas depois aquele vermelho do bairro impregnado no tecido e também pelo demorado banho que tiveram que tomar para se livrar de sujeira por todo corpo, principalmente nos cabelos.

Quanto aos quilos de ouro roubados, os ladrões jamais foram encontrados, se imaginando que fugiram para a região de garimpo, para o Acre ou até mesmo para Guajará-Mirim e dali para a Bolívia.

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