Collor não descarta voltar a disputar a presidência da República

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SENADOR DIZ QUE SEU IMPEACHMENT FOI ATO BRUTAL E ELOGIA DORIA

COLLOR DISSE TER DISPOSIÇÃO PARA ENFRENTAR BATALHAS (REPRODUÇÃO DO FACEBOOK)

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTC-AL) classificou a atual fase de descrédito e de cerco das instituições contra integrantes da classe política como um momento de extrema dificuldade. E disse estar disposto a enfrentar novas batalhas, ao não descartar a possibilidade de voltar a disputar a Presidência da República, 25 anos após seu impeachment.

Para Collor, os problemas estruturais do País causam aflição e é necessário superar dificuldades, por exemplo, com relação aos 14 milhões de desempregados e ao que chamou de criminalização e criminalização da classe política. E elegeu a paciência e a boa vontade como forma de encontrar uma solução que não penalize a população.

Entre as declarações dadas em entrevista ao jornalista Amauri Jr, Collor elogiou o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para quem prevê uma trajetória de sucesso na vida pública. E voltou a falar que seu impeachment, em 1992, como um ato de injustiça e algo “extremamente brutal”.

O senador, que responde a inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), decorrentes da Operação Lava Jato, estava ao lado de sua esposa Caroline Serejo Medeiros Collor de Mello. A entrevista foi gravada em 8 de abril e foi ao ar na última quinta-feira (13), na Rede TV.

Assista à entrevista publicada na manhã deste domingo (16) no perfil oficial de Collor, no Facebook. E leia a transcrição dos principais trechos da entrevista, logo abaixo.

Presidente, o que é que não vai bem?

Estamos passando por um momento de extrema dificuldade. O Brasil ainda não se reencontrou e precisa, rapidamente, resolver problemas estruturais que nos afligem muito. Mas, temos que ultrapassar essas dificuldades no desemprego, 14 milhões de pessoas. Uma recessão muito forte, a descrença da população, a criminalização da classe política. Enfim, temos diversos problemas a resolver. Não que isso seja impossível. Mas vai demandar, de todos nós, muita paciência, muita boa vontade e capacidade de encontrar os melhores caminhos, sem fazer com que o povo pague o custo do acerto das contas do País.

Seu impeachment comparado ao impeachment da Dilma Rousseff, existe um conceito popular de que o presidente foi muito penalizado, diante da situação atual brasileira. O presidente já deve ter ouvido isso incontáveis vezes. Eu queria, para o meu telespectador, uma reflexão sua sobre isso.

Bom… Nós não devemos nos apegar muito ao que aconteceu no passado, a não ser para ter isso como um exemplo, para que não se repita no futuro. Eu acho que nós temos que virar a página. Porque, quem não sabe virar a página não merece ler o livro. E o que aconteceu, realmente, está ficando muito claro na consciência da população brasileira. O que aconteceu comigo no processo de impeachment foi algo extremamente brutal. Brutal, brutal. E, agora, como você disse… Você está repetindo o que eu ouço de centenas de pessoas, milhares de e-mails, e tal. E que realmente não se pode comparar uma coisa… Foi retirado da Presidência o primeiro presidente eleito depois do golpe militar, com 40 anos de idade, vindo de um estado pequeno do Nordeste Brasileiro. Eu acho que isso deve ter incomodado muito alguns setores, não somente da eleite, mas também da sociedade politicamente engajada. E deu no que deu. Mas não há de ser nada. A página está virada, vamos continuar lendo o livro. E, tenho certeza de que, ao final da leitura desse livro, o final vai ser feliz.

Fernando Collor de Mello, se lhe fosse dada a oportunidade, você voltaria a concorrer à Presidência?

Bom, eu sempre digo que política é destino. Política é destino. Nós, por mais que possamos planejar qualquer coisa na vida política de cada um de nós que militamos na vida pública, nunca sai como se planeja. É o destino que finalmente conduz. Eu hoje estou de volta, como senador reeleito, pela segunda vez senador da República pelo Estado de Alagoas. E ainda estou com disposição para poder enfrentar batalhas. A questão da presidência não me passa pela cabeça nos dias de hoje. Como também não posso, em sã consciência, dizer que isso está afastado. Porque eu tenho que me submeter aos planos que o destino traçou para mim.

Presidente, João Doria Junior significa nova forma de fazer política?

O João Doria… O prefeito João Doria é uma pessoa de excepcional talento, extremamente competente, trabalhador, sério. Eu o conheço há muitos anos. Não temos uma relação muito próxima, mas eu o acompanho. E sei que a vitória que ele teve aqui em São Paulo foi fruto de seus méritos, da sua capacidade de articular uma grande coligação em torno de si, ultrapassando barreiras dentro de seu próprio partido. E vem realizando um trabalho fantástico em São Paulo. Ele terá um grande futuro na vida pública. Um grande futuro. Basta ele continuar realizando o que vem realizando por São Paulo. E a sua inteligência e a sua visão de empresário, levará a ele a patamares mais altos na vida pública, sem dúvidas.

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