Edeildo Xavier da Costa, acusado de ser o autor das pauladas que mataram o policial civil Augusto Cesar Rodrigues da Silva (55) e Dalva Maria B de Souza (42), crimes ocorridos na madrugada de 20 de fevereiro de 2010, irá ao tribunal do júri no dia 25 de abril. Sirlene Louzada, viúva de Augusto, e Ademir Louzada, amigo de Edeildo que veio de Alvorada com ele na noite do duplo homicídio foram julgados ano passado e condenados a 18 anos de prisão. Edeildo será julgado em separado porque permaneceu foragido por quase seis meses.
A três dias de completar 6 meses foragido, Edeildo foi preso pela polícia cuiabana, mas toda a movimentação dele era acompanhada por monitoramento de escutas telefônicas autorizados pela Justiça de Rondônia. Segundo o delegado Marcos Vinicius, Edeildo saiu de Rondônia e conseguiu chegar à Bolívia, na cidade de Santa Cruz de La Sierra, depois voltou para tirar documentação.
De acordo com o inquérito conduzido pelos delegados Marcos Vinicius Alves e Silva Filho e Cristiano Mattos, Augusto e dona Dalva foram mortos a pauladas na residência do policial, e de lá levados numa picape pela mulher do policial Sirlene Louzada, 35, Edeildo Xavier e por Ademir Germano para a rodovia estadual 470 (Linha 200) na serra do Lixão a céu aberto. O carro com os corpos do policial e de Dalva já mortos foi incendiado e empurrado na ribanceira.
Silene e Ademir Germano Amaral foram presos na semana seguinte a barbárie, e confessaram detalhes de como Augusto e Dalva foram mortos a pauladas que, segundo eles, foram desferidas unicamente por Edeildo Xavier. Sirlene revelou à época aos delegados que Edeildo era seu amante, e arquitetaram juntos à execução do ex-policial. Na confissão de Sirlene e Ademir, Dona Dalva, que morava na casa, morreu porque acordou quando Augusto sofria as pauladas na sala da residência.
A Polícia Civil de Rondônia usou técnica pericial apurada para elucidar o duplo homicídio. O luminol aplicado em várias partes da casa identificou vestígio de sangue em vários locais. No local onde Augusto foi surpreendido dormindo e levou as pauladas, o luminol visualizou a silhueta da vítima e a forma em que ele estava deitado, de lado. Silene e Ademir descreveram o crime de acordo com o que apontavam os laudos de necropsia e de local de crime.
A ideia da dupla, com apoio de Ademir Germano era fazer parecer que Augusto e dona Dalva tinham sofrido um acidente e o veiculo pegado fogo. A polícia conseguiu capturar imagens de câmeras de segurança no posto de combustível aonde Sirlene e Ademir foram comprar gasolina para incendiar o veiculo. Ela dirigia seu veículo, um Vectra de cor prata, quando a gasolina foi comprada. Isto tudo ocorreu uma hora antes de os PM’s localizarem o carro, uma picape Ford Courier, incendiando e os corpos carbonizados perto do lixão.
Fonte: Correio Central/Edmilson Rodrigues / Foto: Alexandre Araújo