O vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), determinou que o Conselho de Ética anule a sessão em que foi aprovada a admissibilidade do processo de cassação de Eduardo Cunha, no fim do ano passado; a decisão faz o caso retornar ao início, suspendendo a votação do relatório de Marcos Rogério (PDT-RO), aprovado em 15 de dezembro; o presidente do conselho, José Carlos Araújo, afirmou que vai acatar a determinação de Maranhão e retomar a discussão do parecer do relator, para evitar novas protelações
247 – Em mais uma manobra para protelar o processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), determinou que o Conselho de Ética anule a sessão em que foi aprovada a admissibilidade do processo de cassação do peemedebista, no fim do ano passado. Na prática, a decisão faz o caso retornar ao início, suspendendo a votação do relatório de Marcos Rogério (PDT-RO), aprovado em 15 de dezembro.
Maranhão enviou ofício ao presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), na tarde desta terça (2), determinando que o processo volte à fase de discussão anterior à admissibilidade.
A determinação foi em resposta a um recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que reclamou da ausência da possibilidade de pedido de vista do parecer do relator Marcos Rogério.
Com a manobra, Maranhão, que é aliado de Cunha e também é investigado na Operação Lava Jato, tenta atrasar ainda mais o processo, cuja representação foi protocolada em outubro mas só dois meses depois conseguiu vencer o estágio inicial.
O presidente do conselho, José Carlos Araújo, afirmou que vai acatar a determinação de Maranhão e retomar a discussão do parecer do relator, para evitar novas protelações. O relator afirmou que ainda vai analisar se inclui novos fatos em seu parecer ou se manterá o anterior, analisando as informações posteriormente.