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Além de acelerar o processo de impeachment no Senado, o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) proibiu a inclusão dos áudios de Sérgio Machado com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) na defesa da presidente Dilma Rousseff; nas gravações, Jucá confessa que o impeachment foi uma conspiração da elite política para derrubar a presidente Dilma, colocar Michel Temer em seu lugar, e tentar parar a Lava Jato; divulgação dos áudios provocou a demissão de Jucá e desmoralizou de vez o impeachment na imprensa internacional; por isso mesmo, Anastasia quer um julgamento sumário sem direito de defesa
247 – O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, recusou pedidos da presidente e outros parlamentares de que fossem anexadas ao processo as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Nas gravações, Jucá confessa que o impeachment foi uma conspiração da elite política para derrubar a presidente Dilma, colocar Michel Temer em seu lugar, e tentar parar a Lava Jato. Sua divulgação dos áudios provocou a demissão de Jucá e desmoralizou de vez o impeachment na imprensa internacional.
Anastasia argumentou que o processo trata apenas de decretos de crédito suplementar e pedaladas fiscais. Segundo ele, já houve decisão do ministro Teori Zavascki de forma contrária à tese do “desvio de poder”. “De imediato, percebe-se que os fatos indicados são totalmente estranhos ao objeto desse processo, além do mais, essa matéria se encontra devidamente esclarecida”, argumenta o relator.
No afã de executar um julgamento sumário da presidente Dilma, Anastasia também recusou pedido de que um órgão internacional fizesse perícia econômico-financeira e contábil no processo, designando o Tribunal de Contas da União (TCU) para realizar tal trabalho.
Em outra medida para consumar o afastamento de Dilma, o presidente da Comissão Processante do Impeachment no Senado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), acatou questão de ordem da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), que pediu redução de 15 para cinco dias corridos do prazo para as alegações finais da defesa e da acusação; decisão, que gerou intenso bate-boca, pode antecipar a votação para julho