Objetivo da pressa do Banco do Brasil é contratar três ‘agências de promoção‘
A apressada licitação do Banco do Brasil parece tão suspeita quanto licitação semelhante da Caixa, afinal cancelada.
Em claro desafio ao novo governo de Jair Bolsonaro (PSL), a área de Marketing do Banco do Brasil, fortemente influenciada por simpatizantes do PT, promoverá uma licitação milionária no próximo dia 19, no apagar das luzes do atual governo, a apenas doze dias da transmissão de poder. A pressa, segundo suspeitam empresas do mercado, teria a ver com suposto favorecimento.
A licitação do BB, muito semelhante àquela anulada na Caixa Econômica Federal, objetiva também contratar três “agências de promoções” e “live marketing”, no valor de espantosos R$118 milhões. Indagado, o BB não esclareceu os detalhes da licitação, nem explicou a pressa em realizar o certame a doze dias do fim do atual governo.
A licitação do Banco do Brasil é semelhante à licitação da Caixa até nos valores. Enquanto o BB pretende gastar R$118 milhões contratando três agências, na Caixa, com objetivo idêntico, a verba reservada era de R$120 milhões.
Além de suspender a licitação, o presidente da Caixa, Nelson de Souza, também demitiu o chefe do marketing do banco.
A licitação de R$118 milhões, a ser realizada a menos de duas semanas do fim do governo, está a cago do diretor de Marketing e Comunicação do BB, Alexandre Alves Souza, e do gerente executivo Delano de Andrade.
Os objetivos da licitação vapt-vupt, de acordo com o edital, são vagos e quase compreensíveis: “prestação de serviços de planejamento e conceituação criativa; criação de peças promocionais; produção e logística de ações promocionais e eventos de todas as naturezas, para os públicos externo e interno de interesse dos que integram e vierem a integrar o Conglomerado Banco do Brasil S.A, em âmbito nacional e internacional.”