Bolsonaro sobre reajuste a servidores: “Não sou dono da caneta BIC”

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Governo federal pretende conceder reajuste salarial de 5% para todos os servidores públicos federais, a partir de julho
Mariana Costa
Flávia Said
29/04/2022 10:45,atualizado 29/04/2022 11:59

Bolsonaro canetaIgo Estrela/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se justificou sobre o impasse no reajuste salarial de 5% a todas as categorias de servidores públicos. Desde que a decisão foi anunciada pelo governo, na segunda semana de abril, determinados grupos profissionais começaram a promover movimentos grevistas, com receio de não receber o aumento ou cobrando um percentual maior. Para o mandatário, a conjuntura o deixou de “mãos atadas” e, agora, ele não tem condições de solucionar a questão.

“Não sou dono da caneta BIC para solucionar esse problema. Não é apenas o parlamento brasileiro. No momento, é impossível fazer ajuste nesse sentido. Estou aguardando, agora, sugestões de vocês”, disse o presidente, em entrevista à rádio Bom Dia Metrópole, do Mato Grosso.

Assim que sancionado, o Orçamento da União reservou R$ 1,7 bilhão para aumento salarial de servidores, mas não detalhou quais categorias receberiam. Com a expectativa de que apenas forças policiais recebessem o montante, outras categorias reagiram, o que levou o governo a temer greve geral em pleno ano eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro tentará mais quatro anos à frente do Planalto.

De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assuntoFábio Vieira/Metrópoles

O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planosHugo Barreto/Metrópoles

O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidenteGustavo Moreno/Especial Metrópoles

No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles

No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)Matheus Veloso/Especial Metrópoles

Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protestoMarcelo Camargo/Agência Brasil

Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidoresMorsa Images/ Getty Images

Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflaçãoMmeEmil / Getty Images

Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajusteRafaela Felicciano/Metrópoles

pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajusteRafaela Felicciano/Metrópoles

De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assuntoFábio Vieira/Metrópoles

O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planosHugo Barreto/Metrópoles

“Mandamos ao Congresso Nacional, para 2023, o reajuste e reestruturação de carreiras. Reservamos R$ 1,7 bi para reestruturar PF, PRF e Depen. Até aí tudo bem. O estudo vazou e outras categorias importantes pro Brasil, não quero citar, começaram a ameaçar o governo: ‘Vamos parar o Brasil se não tiver para todo mundo’. Apareceu o primeiro grande impasse nessa questão, são categorias que podem sim parar o Brasil. Receita, Banco Central, seria um problema sério”, relembrou Bolsonaro.

  1. Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) elaborou estratégias para pressionar o governo federal a assinar medida provisória que, por meio de uma reestruturação de carreiras, concederá R$ 1,7 bilhão à categoria.

Em nota, representantes da associação se dizem “frustrados” e afirmam que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) cresceu com a pauta da segurança pública, mas não direciona investimentos nem empenhos suficientes para esse segmento.

“O sentimento de frustração da categoria se amplifica diante do noticiado reajuste linear para os servidores públicos federais. Alinhados aos sentimentos de todas as forças de segurança ligadas ao Ministério da Justiça, que viram a pauta da segurança pública ser alçada como bandeira pelo governo, enquanto os policiais não receberam qualquer valorização do seu trabalho e sacrifício”, pontuou o documento.

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