Bolsonaro tenta dividir forças de segurança, avaliam entidades

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Fala do presidente de equiparar salário da PRF com o da PF, com eventual aval policial, aumentou crise

Fonte: SBT News

Data: 02/05/22

Os sindicatos de policiais federais e peritos criminais vão elevar o tom nesta semana nas negociações com o governo Jair Bolsonaro por reajustes salariais e por um plano de reestruturação das carreiras. Uma reação ao anúncio do presidente, que estuda atender apenas pleitos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e dos agentes penitenciários federais, quanto aos planos de carreira, e que todo resto poderá ter um aumento único de 5% — válido para todo funcionalismo.
Policiais e servidores da área de segurança federal afirmam que o anúncio de Bolsonaro busca jogar PF contra PRF, em busca de um racha que inviabilize qualquer avanço nas negociações salariais e trabalhistas.

“As entidades representativas dos servidores da Polícia Federal consideram grave e inadmissível a afirmação do presidente da República, feita na manhã desta 6ª feira (29.ab), de que pretende cancelar a reestruturação para as categorias que compõem o sistema de segurança pública da União”, informou nota redigida por cinco entidades, entre elas Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).

No texto distribuído à imprensa, no momento em que toda cúpula da PF estava reunida em uma solenidade com o delegado-geral da PF, Márcio Nunes Oliveira, no encerramento das atividades do lendário edifício-sede, o “Máscara Negra”, as entidades deixaram claro a mudança de tom.

“O atual governo se posiciona como exceção, fragilizando a instituição com sucessivas, frequentes e injustificadas trocas em postos de comando e, agora, com o possível cancelamento, também injustificado, da necessária reestruturação.”

As entidades afirmam que Bolsonaro “mais uma vez, deixa de honrar com a palavra quanto à valorização e fortalecimento da Polícia Federal” e o acusa de buscar a divisão das “forças de segurança”.

PF X PRF

Na 6ª feira (29.abr), Bolsonaro afirmou em uma live em sua rede social que o governo estuda igualar o teto salarial das carreiras da PRFs com a dos agentes da PF, mais o reajuste linear de 5% para todo funcionalismo. Mas condicionou a equiparação a uma não manifestação contrária dos policiais, que também pleiteiam reajuste e reestruturação nas carreiras.

“Outra possibilidade agora, que vai desagradar a PF, é dar 5% para todo mundo e fazer a isonomia dos PRF com os agentes da PF, porque há certo distanciamento”, afirmou Bolsonaro. “Como vai se comportar a PF? Vai dizer que está contra? Vai entrar em greve? O que vai acontecer? Peço que se coloquem no meu lugar e apresentem alternativa.”

No mesmo dia, o presidente da Fenaprf, Dovercino Neto, se manifestou nas redes sociais da entidade. Em um vídeo gravado, ele afirmou que a manifestação do presidente deixou a categoria “bem preocupada”.

“Isso nos deixou bastante preocupados, porque a expectativa é que ele, que tem o poder da caneta, faria a justa e merecida reestruturação da carreira dos PRFs. Uma promessa desde o primeiro ano de governo.”

O presidente da entidade afirma que “entra governo e sai governo e teimam em não valorizar” a categoria. “Ficamos apenas com os tapinhas nas costas. Isso é muito pouco para um policial dedicado que arrisca sua vida para defender a sociedade.” Os PRFs marcaram uma manifestação nacional, em Brasília, no dia 1º de junho.

O presidente da associação dos peritos, Marcos Camargo, afirmou que é inadmissível a nova manifestação de Bolsonaro. “É de se estranhar um recurso do governo, que publicamente prometeu uma reestruturação, em função justamente da importância, da complexidade e da responsabilidade da atividade dos policiais. O que nós pertencemos com esse recuo é um total descaso e uma total falta de compromisso com a valorização e o reconhecimento da importância da atividade dos policiais”, diz.

Uma resposta

  1. É lamentável o que está acontecendo. Bolsonaro está indo na onda do seu ministro Paulo Guedes, e do secretário Adolfo Sachsida, e está contrariando o direito da classe de segurança pública e dos demais funcionários públicos federais. Bolsonaro e Guedes sabem que a inflação vem corroendo o poder de compra, e ultrapassa a casa de 13%, e só no seu governo já se aproxima de 20%. Eu vejo isso com certa preocupação, pois causa desgastes profundo na credibilidade e confiança do presidente e afugenta cada vez mais a ida de funcionários públicos a ida nas urnas na próxima eleição, favorecendo o candidato da oposição. Presidente, aceita uma opinião, dá 10% de repositório salarial para todos os funcionários públicos a partir de junho próximo, e repõem o restante corruida pela inflação no próximo janeiro de 2023.

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