REUTERS/Daniel Derevecki: Ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró chega à PF em Curitiba. 14/1/2015 REUTERS/Daniel Derevecki
Em depoimento à Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso, ex-diretor da área Internacional da Petrobras nega ilegalidade no resgate de R$ 463 mil; segundo seu advogado, Beno Brandão, ele passava por “dificuldades financeiras”; “Ele era um diretor da Petrobras, que ganhava mais de R$ 100 mil por mês. Desde março, deixou de receber isso”, argumentou; segundo ele, Cerveró esclareceu à PF, durante três horas, as movimentações financeiras que fez nos últimos meses e que motivaram sua prisão preventiva; além disso, “negou veementemente”, segundo o defensor, ter recebido propina de R$ 53 milhões em um contrato com a Samsung, quando estava na Petrobras
247 – O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou, em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira 15, ter feito o saque de R$ 463 mil por “dificuldades financeiras”, segundo seu advogado, Beno Brandão. Cerveró foi preso pela PF na madrugada de ontem, no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, quando vinha de Londres para prestar depoimento à polícia.
“Ele era um diretor da Petrobras, que ganhava mais de R$ 100 mil por mês. Desde março, deixou de receber isso”, argumentou o advogado. Ele foi demitido em março da BR Distribuidora, onde estava desde que deixou a Petrobras, em 2008. Segundo Brandão, Cerveró respondeu está “indignado” com sua prisão, mas respondeu a todas as perguntas dos investigadores.
O ex-diretor da Petrobras reafirmou à PF que não houve ilegalidade na transferência de bens para seus filhos. “Todos os imóveis estão declarados no Imposto de Renda, pelo valor que consta na matrícula, e não foram adquiridos de uma hora para outra”, disse o advogado. “São fruto do trabalho dele”, acrescentou.
Cerveró é acusado de ter recebido R$ 53 milhões em propina por meio de um contrato entre a Petrobras e a Samsung, de 2006, para aluguel de navios-sonda, quando estava na estatal. Sobre o episódio, pelo qual responde na Justiça, ele “negou veementemente”, segundo seu advogado. “Não tem contas no exterior e nunca recebeu propina”, ressaltou Brandão.