LUCIO BERNARDO JR/Câmara:
Deputado Júlio Delgado (PSB) defendeu nesta sexta-feira, 10, em Belo Horizonte, o fim do financiamento empresarial de campanha e comentou a reforma política aprovada recentemente pela Câmara; “A reforma política de ontem é para a acabar com a campanha eleitoral. Só vai ser eleito quem for muito rico. Quem é deputado que não é empresário ou mesmo tem causas aleatórias, serão cada vez mais escassos”, declarou; político negou que tenha recebido caixa 2 da UTC; “No pinçamento para me jogar na vala comum, tentam me acusar. O dinheiro não foi depositado na minha conta, foi na do partido”, afirmou
Minas 247 – Acusado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, de receber R$ 150 mil para abafar a empreiteira na CPI da Petrobras, o deputado Júlio Delgado (PSB) defendeu nesta sexta-feira, 10, em Belo Horizonte, o fim do financiamento empresarial de campanha e comentou a reforma política aprovada recentemente pela Câmara.
“Votei de novo contra o financiamento de pessoa jurídica a políticos e campanhas para acabar com essa situação nefasta. A reforma política de ontem é para a acabar com a campanha eleitoral. Só vai ser eleito quem for muito rico, por exemplo, pastor que tem igreja ou policial que tem sua corporação para apoio ou até personalidades (artistas e jogadores de futebol). Quem é deputado que não é empresário ou mesmo tem causas aleatórias, serão cada vez mais escassos”, declarou.
Ele confessou que está “quase desanimado”, mas quando encontra um projeto ou causa real para defender, “se levanta de novo”. “Estamos com ausência de liderança no país. E há uma fragilidade de poderes”, falou.
Delgado falou ainda sobre as acusações de que recebeu dinheiro caixa 2 da empreiteira UTC. Em seminário sobre modernização das relações de trabalho promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham-BH), o político reafirmou que não recebeu o montante, que foi destinado à ao diretório mineiro de seu partido para a campanha eleitoral de candidatos na eleição passada.
“Eu não estou envolvido nessa história. No pinçamento para me jogar na vala comum, tentam me acusar. Nunca fui do governo, sempre fui de oposição. Como eu conseguiria serviço para alguém? O dinheiro não foi depositado na minha conta, foi na do partido. (…) Eu não seria louco de convocar alguém na CPI da Petrobras que poderia me acusar”, afirmou.