Desapego a cargos –
Ocupei cargos públicos e sempre tive essa consciência. Fui vereador em um mandato de seis anos e não saí a reeleição, pois achei que todo meu trabalho em fazer uma cidade melhor foi em vão. Até hoje algumas leis criadas por mim são discutidas e voltam a tona. Fui escolhido pela imprensa que cobria a CM de PVH como o vereador mais atuante nos últimos dois anos de mandato e vários jornalistas estão aí vivos. O CHA é um deles.
Fui secretário, criei Vilas e Distritos que hoje são municípios ou prestes a se tornarem e fui eu que pedi exoneração. Me oferecerem num novo governo outra secretária municipal, recusei e indiquei o Dr. Paulo Otto Barbosa, que era advogado e economista competente. Ocupei diversos outros cargos e sempre quando achava que havia completado minha missão, pedia para sair.
Até minha aposentadoria depois de 31 anos como policial, deixei a ribalta em silêncio, dei entrada em minha aposentadoria sem comunicar a ninguém, nem mesmo ao meu companheiro, que preparei para me substituir, ótimo discípulo, filho de delegado de carreira e policial competente, Pedro Macedo Marinho, honesto e dedicado, hoje diretor sindical, de nome Rodrigo Marinho. Não deixei um só inquérito sem relatório, todos bem avaliados pela Juíza da Vara da Infância e Juventude de Vilhena. Com minha aposentadoria recebi a grata surpresa de toda a cúpula da PC vir a Vilhena e me fazerem uma homenagem. Acho que procuro sempre está preparado para a saída mais do que para entrada.
Não aceitaria hoje nenhum cargo público remunerado, mas estou sempre disposto ao voluntariado. Otário? Não, apenas caminho com orgulho de ver minha Rondônia melhor e o sorriso e satisfação das minhas filhas de saberem que dirigindo aquele carro velho pelas ruas e estradas de nosso estado vai um homem com quase nenhum dinheiro, mas muita dignidade e história para contar.