Desemprego após fim das obras olímpicas preocupa o Rio

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Protesto de demitidos de obras olímpicas

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Ricardo Borges/Folhapress.

Operários da arena de tênis que foram demitidos após sua conclusão fazem protesto em frente ao local da obra. Leia mais

NICOLA PAMPLONA
BRUNO VILLAS BÔAS
LUCAS VETTORAZZO
DO RIO
Protegido até agora pelas obras da Olimpíada, o setor de construção civil no Rio vai gerar uma onda de demissões próximo ao início dos Jogos, em agosto. A desmobilização de obras pode atingir até 35 mil trabalhadores.

A preparação para o evento fez com que o Rio tivesse o menor saldo negativo de vagas do setor entre as principais capitais em 2015: 4.491 até novembro, ante 28.213 em São Paulo.

A situação deve se inverter: as dispensas com o fim das obras podem chegar a um quinto do pessoal empregado na construção civil.

Sob responsabilidade da prefeitura são 15 obras sendo finalizadas, que garantem atualmente 17 mil empregos. São projetos como o Parque Olímpico da Barra e o corredor de ônibus Transolímpica.

 

Será um novo baque no mercado de trabalho do Rio, que perdeu 71.698 empregos formais nos 12 meses até novembro, afetado pela crise do país e do setor de petróleo.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro, Nilton Duarte Costa, diz que no ano passado já houve 8.700 homologações. Até maio, serão mais 15 mil, estima, considerando apenas trabalhadores com mais de um ano de contrato.

“São soldadores, pedreiros, carpinteiros, pessoal de montagem e ajudantes. Não há perspectiva de novas obras para reemprego”, diz ele.

José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), que calcula em 35 mil o total de demissões após os Jogos, diz que há outro potencial problema social.

Segundo ele, muitos dos trabalhadores migraram de outras cidades, atraídos pela oportunidade de emprego.

 

“Parte deles tende a ficar na cidade mesmo com o fim da obra, sem conseguir recolocação”, disse Martins.

É o caso do servente Gabriel da Conceição Santana, 21, que migrou para o Rio há quatro anos.

Ele perdeu o emprego nas obras do Centro Olímpico de Tênis, prestes a ser concluído, e não quer voltar para seu Estado natal, a Bahia.

“Saímos de uma situação de pleno emprego para um desemprego que cresce em ritmo galopante”, diz o presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, que estima em 32 mil as dispensas.

POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Celestino sugere o aproveitamento do pessoal em um programa de investimentos em saneamento.

“Não demanda muito investimento e demanda muita mão de obra”, diz ele.

A Prefeitura do Rio pretende tentar compensar a onda de demissões com o “Em Frente Rio”, conjunto de dez projetos de mobilidade, logística, infraestrutura e saneamento que gerariam 38.300 empregos, com investimento de R$ 26,7 bilhões.

O plano, porém, prevê dinheiro privado, num momento de crise econômica e falta de confiança de empresários.

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