Fórum Mundial – Brasil perde o brilho em Davos

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Presidente do fundo de hedge Bridgewater alerta que o país enfrenta uma década perdida
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Alicia González

Davos 22 JAN 2016 – 16:13 BRST
Quando a presidenta Dilma Rousseff apareceu em 2014 no Fórum Econômico Mundial, conseguiu ofuscar o recém-eleito presidente do México, Enrique Peña Nieto, com um discurso cheio de projetos e planos de investimento, a linguagem preferida dos homens de Davos. Rousseff recebeu o apoio e a aprovação dos investidores internacionais naquele evento, que terminou com o anúncio de vários projetos de algumas importantes empresas. Essa imagem idílica já faz parte do passado.

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A ausência da presidenta em Davos este ano enfatizou o pessimismo em torno da economia brasileira, que se torna mais evidente diante do entusiasmo e atividade intensa liderada por seu vizinho do Sul, o presidente argentino Mauricio Macri. “É questão de tempo, mas já consideramos o Governo de Rousseff e a própria Rousseff amortizados. É a única solução”, afirmava um analista com longa experiência em Davos. “Pelo menos as instituições estão funcionando no Brasil, embora não se saiba onde a investigação da Justiça vai acabar”, dizia na mesma linha durante um debate Ian Bremmer, presidente da consultoria Eurasia.

Os dados mais recentes sobre a economia alimentam o mal-estar despertado pelo Brasil na Suíça. O PIB mostrou queda de 3,8% em 2015, enquanto a inflação subiu para 10,7%. Nesta mesma semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu novamente as previsões para a economia brasileira este ano, com uma estimativa de retração de 3,5%, uma crise que terá repercussões em toda a região. “É a pior crise do Brasil em mais de 70 anos, e coincide com problemas em outras grandes economias emergentes, como a Rússia e a China”, observou Kenneth Rogoff, professor de economia de Harvard e ex-economista-chefe do FMI.

“O Brasil está caminhando para uma década perdida”, afirma Ray Dalio, presidente do fundo de hedge Bridgewater, que administra cerca de 170 bilhões de dólares (700 bilhões de reais) em ativos em todo o mundo. A combinação dos três principais riscos (alta dependência de matérias-primas, elevado peso das exportações para a China e alta dívida corporativa em dólares) em uma economia como a brasileira, explicou o renomado investidor durante uma conversa em seu escritório em Davos, cria a tempestade perfeita para uma crise profunda e duradoura.

Não se trata apenas de uma situação desfavorável, as críticas à gestão do Governo brasileiro também puderam ser ouvidas com clareza. “Ao contrário do que fizeram outros países da região, a abertura do Brasil ao investimento estrangeiro, especialmente na área de energia, tem sido muito pequena”, disse Carlos Pascual, consultor de energia da IHS. “Direta ou indiretamente, o Governo ficou com o controle de 65% dos projetos de energia. Nessas condições, é muito difícil que o investimento estrangeiro aposte no país. Especialmente quando seus concorrentes fizeram ajustes e reformas”, diz.

Este é o clima enfrentado pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em seus numerosos debates com empresários e banqueiros para tentar eliminar as dúvidas e incentivar o investimento. Barbosa também se apoiou nos colegas da Argentina, Colômbia e México para tentar se beneficiar dos bons ventos que sopram para alguns de seus vizinhos.

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