Fundo Eleitoral: Bolsonaro recua e mantém montante de R$ 2 bilhões

WhatsApp
Facebook
Twitter

Depois de ameaçar vetar verba de R$ 2 bilhões, presidente diz temer impeachment e decide sancionar financiamento de campanhas
AA Alessandra Azevedo BB Bernardo Bittar

(foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

Após criticar o Fundo Eleitoral e sinalizar a possibilidade de veto sobre o tema, o presidente Jair Bolsonaro recuou e disse que vai seguir a recomendação da assessoria jurídica e sancionar o projeto aprovado pelo Congresso. Parlamentares aprovaram a inclusão no Orçamento de 2020 de um Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para as eleições municipais do ano que vem. Pelas redes sociais, o presidente argumentou, nesta quinta-feira (19/12), que pode ser alvo de um processo de impeachment se modificar o valor do chamado Fundão.

A justificativa veio acompanhada da citação do artigo 85 da Constituição Federal, que trata das situações em que um presidente da República pode cometer crime de responsabilidade. Ele mencionou um dispositivo que fala em contrariar o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais. “O Congresso pode entender que eu, ao vetar, atentei contra esse dispositivo constitucional e isso se tornar um processo de impeachment contra mim”. Bolsonaro disse aguardar o parecer final da assessoria jurídica, mas afirmou que vai sancionar o projeto.

Hoje, a distribuição dos fundos partidário e eleitoral leva em conta os votos obtidos na última eleição para a Câmara. Pelas estimativas, o PSL deverá receber R$ 203 milhões em 2020, e o PT, R$ 201 milhões.

Pela manhã, ao sair do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que sua intenção era vetar o fundo de R$ 2 bilhões. “Havendo brecha para vetar, vou fazer isso. Não vejo, com todo respeito, como justo usar recursos para fazer campanha. A tendência é vetar, sim”, afirmou mais cedo. Para o presidente, os recursos eleitorais dificultarão a renovação na política, uma vez que, na avaliação dele, servirão apenas para manter no cargo quem já está no poder.Continua depois da publicidade

Retaliação
Ainda pela manhã, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que haveria retaliação, caso o veto se concretizasse. “Ele veta o que ele quiser, a gente vota a pauta da Câmara, a do Senado. Vão retaliar, o que posso fazer?”, questionou, durante café da manhã com jornalistas. O parlamento apenas ratificou o valor definido pelo governo para manter o fundo, explicou o deputado. “Se ele vai vetar sua própria proposta, é uma decisão dele”, rebateu.

Maia interpretou a fala inicial de Bolsonaro sobre o veto como uma tentativa de agradar grupos que não apoiam o financiamento de campanhas com dinheiro público. Ao atribuir o ônus da decisão ao Congresso, “o que parece é que ele está olhando uma parte da sociedade que tem críticas ao fundo eleitoral”, disse. Embora considerando que os parlamentares têm armas para derrubar um eventual veto do presidente, o presidente das Câmara alertou que, “se começar esse jogo de um querer vetar para deixar o desgaste para o outro, nós vamos começar a gerar uma insegurança para a sociedade muito grande”. “Quer fazer um aceno popular? A Câmara tem um arsenal”, disse Maia. Ele ressaltou, porém, que essa não tem sido a postura da Casa nos últimos anos.

Correiobrazilense.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Últimas Notícias

Screenshot_20240312_051459_Facebook
Luto – Gertudes Alves Araujo Finzes
Screenshot_20240304_182440_WhatsApp
Nota de pesar - Francisco Candido Marcolino Neto
Screenshot_20240123_061932_Chrome
Bancada sindical busca consenso para apresentar contraproposta na MNNP
Screenshot_20240122_065509_Chrome
24 de janeiro é dia de luta dos aposentados e pensionistas
Screenshot_20240120_194937_WhatsApp
Luto - Ana Rosa Nogueira Gonçalves
Screenshot_20240119_060553_Gallery
Hoje seria aniversario do colega Walderedo Paiva
Screenshot_20240114_094243_Chrome
Com auxílio do Dieese, bancada sindical constrói contraproposta unificada para federais
Screenshot_20240112_184026_Gallery
Luto - Ângela Oliveira
IMG-20231222-WA0104
Salão de festas para alugar
Screenshot_20231127_060251_Gallery
Quatro anos do falecimento do colega Ivo José de Lucena

Últimas do Acervo

Sem t11111ítulo
Relembrando e saudando antigos companheiros de profissão
Screenshot_20240422_055550_Gallery
Três ano da morte da colega Rosimary da Silva Santos, (Rose).
Screenshot_20240419_062632_Facebook
O Guarda Territorial, Antonio Francisco dos Santos
Screenshot_20240414_100937_WhatsApp
Joao dos Santos Goncalves, o Coruja
Screenshot_20240415_062322_WhatsApp
Um ano da morte da morte de Maria Helena Morato
Screenshot_20240412_184534_Gallery
Três anos da morte de Nivaldo Xavier de Souza
IMG-20240408-WA0190
Encontro de amigos e colegas
Screenshot_20240401_193845_Gallery
Três anos da morte de Jailda Maria Lopes Soares,
Screenshot_20240315_123923_WhatsApp
Seis anos do falecimento de JOAO FAUSTINO DE FREITAS
José Antônio Gentil
Homenageando mais um grupo de antigos companheiros da PC-RO

Conte sua história

20220903_061321
Suicídio em Rondônia - Enforcamento na cela.
20220902_053249
Em estrada de barro, cadáver cai de rabecão
20220818_201452
A explosao de um quartel em Cacoal
20220817_155512
O risco de uma tragédia
20220817_064227
Assaltos a bancos continuam em nossos dias
116208107_10223720050895198_6489308194031296448_n
O começo de uma aventura que deu certo - Antonio Augusto Guimarães
245944177_10227235180291236_4122698932623636460_n
Três episódios da delegada Ivanilda Andrade na Polícia - Pedro Marinho
gabinete
O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete - Pedro Marinho.
Sem título
Em Porto Velho assaltantes levaram até o pesado cofre da Padaria Popular
cacoal
Cacoal nas eleições de 1978 - João Paulo das Virgens