Sem esconder sua posição política, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ironizou o recurso apresentado nesta tarde pela advocacia-geral da União contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff; “Ah, eles podem ir para o céu, o papa ou o diabo”, afirmou; hoje cedo, em entrevista ao 247, o ministro José Eduardo Cardozo criticou Gilmar ao dizer que, no Brasil de hoje, “direito de defesa vira Operação Tabajara e golpe vira democracia”; secretário-geral da OEA, Luís Almagro, anunciou que irá levar a discussão do golpe brasileiro à Corte Interamericana de Direitos Humanos
247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ironizou nesta terça-feira 10 o recurso apresentado nesta tarde pelo ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União (AGU), contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Ah, eles podem ir para o céu, o papa ou o diabo”, disse Gilmar, quando questionado sobre a ação.
O ministro também ironizou a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de ter anulado o impeachment e depois voltado atrás em sua decisão.
“É interessante, né (risos)? Hoje eu vi uma notícia dizendo que isso (a decisão) foi regado a muita pinga, vinho. Isso até explica um pouco, né? É, tá muito engraçado isso. Estranho, né? Muito estranho”, comentou.
Hoje cedo, em entrevista ao 247, Cardozo criticou Gilmar ao dizer que, no Brasil de hoje, “direito de defesa vira Operação Tabajara e golpe vira democracia”.
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luís Almagro, anunciou, após um novo encontro com a presidente Dilma, que irá levar a discussão do golpe brasileiro à Corte Interamericana de Direitos Humanos.