Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que promete liberar ação que pede o fim das doações privadas em campanhas políticas, barrada na Corte há mais de um ano, critica modelo de financiamento que está em discussão na Câmara: “Se nós adotarmos um modelo de doações privadas de pessoas físicas com teto relativamente alto, muito provavelmente vamos ter um sistema laranjal implantado. É razoável isso? Estamos querendo depurar o sistema e vamos institucionalizar o caixa 2?”; ele acha que pessoas físicas vão emprestar seus CPIs e sinaliza que quer deixar doações só de empresas
247 – O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que há mais de um ano barra uma ação da OAB na Corte que pede o fim das doações privadas de campanhas, questiona o modelo de financiamento que está em discussão na Câmara:
“Se nós adotarmos um modelo de doações privadas de pessoas físicas com teto relativamente alto, muito provavelmente vamos ter um sistema laranjal implantado. É razoável isso? Estamos querendo depurar o sistema e vamos institucionalizar o caixa 2?”.
Em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’, ele afirma que ‘partidos que dispõem de acesso à máquina governamental vão ter acesso a lista de nomes, aos CPFs e vão poder produzir doações’. E sinaliza que quer deixar doações só de empresas.
Gilmar defende ainda seu pedido de vista que adiou em mais de um ano a decisão do STF sobre a questão. Segundo ele, hoje se sabe muito mais do que na época: “Não sabíamos que determinadas forças políticas tinham 3% de cada contrato da Petrobras, que já é um verdadeiro financiamento público, só que de uma forma heterodoxa”. Diz ainda que a votação parada por seu pedido de vista foi prejudicada pela votação da Câmara