O assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, revelou a nova estratégia do governo para empurrar a nova CPMF goela abaixo dos brasileiros: o nome do famigerado imposto agora é ‘microimposto’. Afif informou que o governo vai enviar já em agosto ao Congresso a proposta de criação da nova CPMF
Guilherme Afif Domingos (Foto: Charles Damasceno/Sebrae)
Siga o Brasil 247
247 – A nova CPMF ganhou um novo nome. Ela se chama agora ‘microimposto’. Governo e imprensa corporativa já começaram o protocolo de divulgação do novo nome da CPMF, com requintes conceituais: ele servirá para “desonerar a folha de salários das empresas (redução dos tributos cobrados sobre os salários) e viabilizar a reforma tributária.”
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que “os cálculos iniciais apontam um potencial de arrecadação de R$ 120 bilhões ao ano. A alíquota em estudo é de 0,2%, como antecipou o Estadão. A base de tributação, disse ele, será mais ampla do que a da extinta CPMF.”
A matéria ainda acrescenta: “a ideia do governo é que o novo imposto incida sobre pagamentos ou comércio em meio eletrônico, o que pode incluir transferências e pagamentos feitos por meio de aplicativos de bancos, por exemplo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já disse que a intenção é ampliar a base de cobrança, ou seja, a variedade de locais onde os impostos incidem. A CPMF foi um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde – a alíquota máxima foi de 0,38% sobre cada operação.”