Financiamentos eram reservados a ditaduras sem órgãos de controle
O bilionário Porto Mariel, em Cuba, foi uma das obras bancadas pelo BNDES em uma ditadura sem órgãos de controle.
A “exportação de serviços” custeada pelo Tesouro Nacional via BNDES foi criada pelo governo FHC, em 1998, para driblar a exigência constitucional de submeter ao Senado financiamentos no exterior com dinheiro público. Mas a invenção da tecnocracia tucana foi sofisticada nos governos do PT, com o “crime perfeito” de financiar ditaduras sem órgãos de controle, tipo TCU, que resultou na chocante ‘lista BNDES’, divulgada nesta sexta (18), de obras no exterior com dinheiro público. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O Tesouro Nacional passou a financiar obras bilionárias lá fora, a juros irrisórios e carência de mais de vinte anos, em contratos secretos.
A única condição imposta às ditaduras financiadas era a obra ser feita por empreiteira brasileira, e sem licitação. Quase sempre, a Odebrecht.
O valor saía do Tesouro, fazia “pit-stop” no BNDES e acabava na conta da empreiteira no Brasil, em reais. Sem passar pelo crivo do Senado.
A lista do “crime perfeito”, com dinheiro do BNDES, saiu nesta sexta (18). Só a Odebrecht, empreiteira favorita de Lula, levou R$18 bilhões.