Josias de Souza 1
O governo do neo-presidente Lula e da subserviente Dilma Rousseff mal foi instalado e já não merece existir. Gravações feitas pela Polícia Federal com autorização do juiz Sérgio Moro revelam que o problema do país não é a incapacidade da sociedade de reconhecer a honestidade dos seus governantes. O verdadeiro problema é que esses governates são incapazes de demonstrá-la. Os diálogos que vieram à luz, por estarrecedores, deixam Lula e Dilma nus em praça pública. Agiram para obstruir a Justiça. Lula revelou todo o seu desprezo pelo Judiciário e pela força-tarefa da Lava Jato, chamada por ele de “República de Curitiba‘‘.
Num dos grampos, Lula diz para Dilma: “Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, nós temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado. Somente nos últimos tempos é que o PT e o PCdoB começaram a cordar e começaram a brigar. Nós temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido. Não sei quantos parlamentares ameaçados. E fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre e vai todo mundo se salvar. Sinceramente, eu tô assustado com a República de Curitiba.”
Ouvindo-se outro trecho dos grampos, percebe-se que toda essa conversa sobre o idealismo de Lula, sua vontade de servir o país, sua entrega altruísta ao bem público, sua disposição de sacrificar-se pelas causas da sociedade, tudo isso está impulsionado pelo pavor de ser preso e pela ânsia de se esconder atrás do biombo do foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal.
Para tranquilizar seu criador, Dilma flertou com a falsidade ideológica ao mandar elaborar com antecedência o termo de posse que impediria os agentes federais de executarem uma eventual ordem de prisão expedida pelo juiz da Lava Jato. Eis outro pedaço do escárnio, gravado pela Polícia Federal à 1h32 desta quarta-feira:
Dilma: “Lula…”
Lula: Oi querida
Dilma: Chô te falar uma coisa.
Lula: Hãã…
Dilma: Eu tô mandando o ‘Messias’, junto com um papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse.
Lula: Hã, hã…
Dilma: Tá?
Lula: Ah, tá bom, tá bom.
Dilma: Só isso, ele tá indo aí.
Lula: Tá bom, tô aqui, fico aguardando.
Dilma: Tchau.
Dilma: Tchau, querida.
Poucas horas depois, sem saber que sua voz soara na escuta da Polícia Federal, Dilma concedeu entrevista no Planalto. A certa altura, perguntaram-lhe se a nomeação de Lula para a Casa Civil da Presidência destinava-se a retirá-lo do alcance da caneta do doutor Moro. E Dilma:
“Vamos falar a verdade: a vinda do Lula para o meu governo fortalece o governo. Tem gente que não quer que ele seja fortalecido. O que eu posso fazer? A troco de quê eu vou achar que a investigação do juiz Sérgio Moro é melhor do que a investigação do Supremo? Isso é uma inversão de hierarquia, me desculpa!”
A entrada de Lula no governo foi sacramentada no final da manhã, em reunião no Palácio da Alvorada. Com a velocidade de um raio, o ato de nomeação foi enviado à Imprensa Nacional, para ser impresso numa edição extraordinária do Diário Oficial. No início da noite, Sérgio Moro, comandante da “República de Curitiba”, levantou o sigilo dos autos da Lava Jato, deixando soar as vozes da República petista de Brasília. O neo-presidente Lula e a subserviente Dilma ficaram nus.
Dizia-se que Lula entraria no governo também para ajudar a evitar a aprovação do impeachment. Considerando-se a evolução dos fatos, o pedido de impedimento da presidente da República tornou-se desnecessário. Dilma já abdicou dos poderes que imaginava ter. A essa altura está claro que a República petista de Brasília já não merece existir. As ruas voltaram a roncar, inclusive defronte do Palácio do Planalto.