Alex Ferreira / Câmara dos Deputados:
Manifesto é assinado por integrantes de oito partidos – PT, PPS, PR, PSB, Pros, PSC, PTB, além do PSOL – e tem como base a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra o presidente da Câmara por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato; “A diferença de condição de investigado em um inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do MP, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa”, diz trecho do documento; Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se recusou a comentar a reação dos parlamentares; “Não comento sobre isso, cada um tem direito de fazer o que quer”, disse
247 – Um manifesto pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi assinado por 35 deputados federais e divulgado na tarde desta quinta-feira 27. O documento tem como base a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo Janot, o peemedebista recebeu ao menos US$ 5 milhões em propina no esquema de corrupção da Petrobras.
“A diferença de condição de investigado em um inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do MP, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa”, diz trecho do documento”, que tem a adesão de parlamentares de oito partidos. O único correligionário de Cunha que defende seu afastamento é Jarbas Vasconcelos (PE).
O manifesto foi formulado no gabinete do PSOL da Bahia, com a presença de ao menos dez deputados. De acordo com os parlamentares que defendem a saída de Cunha do comando da Casa, a denúncia contra ele é “gravíssima”. Cunha não quis comentar a reação dos colegas contra ele. “Não comento sobre isso, cada um tem direito de fazer o que quer”, disse a jornalistas, quando questionado sobre o assunto.
Assinaram o pedido: Adelmo Carneiro Leão (PT/MG); Alessandro Molon (PT/RJ); Arnaldo Jordy (PPS/PA); Chico Alencar (PSOL/RJ); Chico D‘‘Angelo (PT/RJ); Clarissa Garotinho (PR/RJ); Edmilson Rodrigues (PSOL/PA); Eliziane Gama (PPS/MA); Erika Kokay (PT/DF); Givaldo Vieira (PT/ES); Glauber Braga (PSB/RJ); Heitor Schuch (PSB/RS); Helder Salomão (PT/ES); Henrique Fontana (PT/RS); Ivan Valente (PSOL/SP); Jarbas Vasconcellos (PMDB/PE); Jean Wyllys (PSOL/RJ); João Daniel (PT/SE); Jorge Solla (PT/BA); José Stedile (PSB/RS); Julio Delgado (PSB/MG); Leonardo Monteiro (PT/MG); Leônidas Cristino (PROS/CE); Leopoldo Meyer (PSB/PR); Luiz Couto (PT/PB); Luiza Erundina (PSB/SP); Marcon (PT/RS); Margarida Salomão (PT/MG); Moema Gramacho (PT/BA); Padre João (PT/MG); Pedro Uczai (PT/SC); Sergio Moraes (PTB/RS); Silvio Costa (PSC/PE); Valmir Assunção (PT/BA); Waldenor Pereira (PT/BA).