Gustavo Bebiano, o admirador que virou braço direito do candidato Jair Bolsonaro

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Fiel escudeiro é também o presidente do partidão do ‘Capitão‘

Gustavo Bebiano, presidente em exercício do PSL, ao lado de Jair Bolsonaro, a quem considera um herói.

Figura onipresente ao lado do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o advogado Gustavo Bebianno, 54, levou quase dois anos para ganhar a confiança do hoje amigo, a quem se dirige com a deferência de “capitão”.
Ele é tido como o “fiel escudeiro” de Bolsonaro e ostenta quase o mesmo prestígio que os filhos do deputado: foi um dos poucos a ser autorizado a permanecer na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o presidenciável se recupera de uma facada, depois da restrição de visitas.
Pessoas do núcleo da campanha do presidenciável relatam que Bebianno se mostrou muito abalado com o ataque.

Desde 7 de setembro, um dia após o esfaqueamento, Bebianno trocou sua residência no Leblon por um quarto de hotel em São Paulo. Ele se divide entre acompanhar a recuperação de Bolsonaro e a coordenação de estratégias jurídicas e rumos da campanha.

Bebianno se apresenta como uma espécie de “faz tudo”: controla a arrecadação e os gastos, a definição de estratégias jurídicas, a agenda e até o contato com a imprensa, cada vez mais reduzido.

Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), estimou uma doação de R$ 10 mil à candidatura de Bolsonaro, oferecidos como trabalho voluntário na administração financeira.
Bebianno sempre se apresentou como um fã do deputado. A pessoas próximas, disse que sua motivação de apoiar a candidatura é seu nacionalismo. Ele chegou a prometer que deixará o Brasil caso Bolsonaro não se eleja presidente.
A primeira tentativa de aproximação com o capitão reformado do Exército se deu em 2015, quando enviou para o vereador Carlos Bolsonaro, filho do candidato, uma mensagem no Facebook.

“Caro Vereador, o senhor precisa conversar com seu pai a respeito do decreto criminoso assinado pela presidAntA. Refiro-me ao decreto que delega ao ministro da defesa poderes para DEMISSÃO sumária de militares, a fim de colocá-los de joelhos. Isso é, no fim da linha, um golpe na democracia. Espero que o Deputado Jair Messias Bolsonaro tome enérgicas providências”, escreveu o advogado, que na ocasião não obteve retorno.
O primeiro contato só aconteceu em 2017, quando a ex-presidente Dilma Rousseff tinha deixado o Planalto e a candidatura de Bolsonaro começava a se concretizar.
Bebianno encontrou o deputado em um estúdio de fotos em que o deputado Flávio Bolsonaro (PSL), outro filho de Jair, fazia algumas imagens.
O advogado soube da presença do capitão no local e foi para lá a fim de se apresentar como advogado voluntário para sua pré-campanha. A oferta não foi aceita de início. Bebianno cercou o então pré-candidato em eventos de lançamento do livro de Flávio sobre a vida do pai.

Embora seja definido por amigos do curso de direito na PUC-Rio como alguém sem muito destaque na área jurídica, foi com essa formação que conquistou Bolsonaro.
Ele enumerou problemas na defesa do deputado em casos no STF (Supremo Tribunal Federal), em especial ao que é réu por ter dito à deputada Maria do Rosário (PT-RS) que só não a estuprava porque ela não merecia.

Com o tempo, ganhou a confiança da família e conseguiu o que é um sinal de prestígio no entorno do capitão reformado: passou a participar das reuniões na casa do presidenciável, na Barra da Tijuca, com acesso controlado com rigor pela possível futura primeira-dama Michele Bolsonaro.

Foi ele, inclusive, que acompanhou Michele de Juiz de Fora (MG) ao Rio após o atentado contra o candidato.

Embora afirme que não gosta de política, Bebianno teve protagonismo durante as negociações de filiação de Bolsonaro com os partidos, marcadas por idas e vindas. Inicialmente, o presidenciável estudava migrar do PSC para o Patriota, legenda que acabou lançando Cabo Daciolo.

Bebianno disse recentemente que não sentiu confiança nas promessas de Adilson Barroso, presidente do Patriota, e achava que ele acabaria por rifar Bolsonaro antes mesmo das eleições.

Ele decidiu, então, fechar com o PSL, legenda até então sob o comando de Luciano Bivar, que disputa uma vaga de deputado federal por Pernambuco. O advogado foi o primeiro a se filiar em janeiro e assumiu interinamente a presidência da sigla.
Antes de se aproximar do presidenciável, Bebianno trabalhou num dos maiores escritórios de advocacia do país, de Sérgio Bermudes, com sede no Rio de Janeiro.
Bebianno é fluminense e morou a vida no bairro do Leblon, na zona sul do Rio, dedicando-se à advocacia e às lutas de jiu-jítsu.

A afinidade com a luta é facilmente perceptível no advogado alto, forte e com marcas nas orelhas típicas de um faixa preta que levou boa parte da vida no tatame.
Bebianno mantém um semblante sério e firme, costuma vestir calça jeans e camisas pretas ou azuis. Está sempre ao lado de Bolsonaro em público, observando quem se aproxima.

Em passagem recente por Brasília, admitiu que o emprego de que mais gostou foi no Jornal do Brasil, onde foi diretor jurídico da gestão Nelson Tanure. Ele chegou ao jornal por indicação de Bermudes.

“Não é nenhum iluminado do direito. Mas é uma pessoa correta, cuja probidade não tenho o que questionar. Ele veio ao escritório me contar sobre sua proximidade com Bolsonaro e disse a ele que não concordo. Acho a pior das opções”, disse Bermudes.
Os dois se conheceram na PUC-Rio, onde o presidente do PSL teve aulas de processo civil com o antigo chefe. Aproveitou a proximidade para pedir um estágio na banca onde costumam estar parentes de importantes magistrados do país.
Já durante a campanha, Bebianno foi alvo de críticas indiretas dos filhos de Bolsonaro e chegou a criar polêmica sobre a participação do candidato em debates entre os presidenciáveis promovidos por canais de TV.

O coordenador da campanha em São Paulo, deputado Major Olímpio (PSL-SP), diz que quaisquer divergências foram eliminadas. “Não existe mais qualquer espécie de estremecimento”, disse. “Estamos numa corrida e ele ajuda muito.” (Folhapress)

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