Desafeto declarado dos maiores caciques do PMDB, o deputado e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos não poupa adjetivos ruins ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha; o parlamentar avalia que a Câmara sob poder de Cunha é mau exemplo e agrava a crise política pela qual passa o País; “Temos uma pessoa altamente comprometida com a corrupção, com a lavagem de dinheiro e a formação de quadrilha. Com Eduardo Cunha, a gente teve um primeiro semestre muito medíocre. Uma pessoa dessa não tem a menor condição moral e ética para conduzir a Câmara”, diz Jarbas
Pernambuco 247 – Desafeto declarado dos maiores caciques do PMDB, o deputado federal e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos não poupa adjetivos ruins ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar avalia que a Câmara sob poder de Cunha é mau exemplo e agrava a crise política pela qual passa o País.
“Nós temos uma pessoa altamente comprometida com a corrupção, com a lavagem de dinheiro e a formação de quadrilha. Com Eduardo Cunha, a gente teve um primeiro semestre muito medíocre. Uma pessoa dessa não tem a menor condição moral e ética para conduzir a Câmara. Há outros deputados que respondem a inquérito e são réus, mas nenhum deles está presidindo a Casa. É incompatível com a função”, diz Jarbas.
O deputado também critica o presidente do Senado, Renan Calheiros, e avalia que sua guinada a favor do governo no momento em que o PMDB está arredio não contribuirá em nada para o resgate da força do Planalto. Para Jarbas Vasconcelos, Renan não é de confiança.
“O Renan, até bem pouco tempo, era talvez o mais contundente político contra o governo. Ele devolveu a medida provisória da reoneração da folha e se posicionou várias vezes contrário ao ajuste fiscal no aspecto de que poderia provocar desemprego. E depois fez essa travessia, que está muito marcada por interrogações. No fundo, do jeito que ele fez uma travessia, ele faz outra”.
E para fechar a conta, o deputado comentou sobre os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, e chegou à conclusão de que ela deve renunciar para evitar “um processo traumático”.
“Eu acho que a gente deveria evitar o impeachment, que é uma coisa traumática. Ela deve sair pelo caos que o país está, e foi ela que o levou. O país ainda não chegou ao fundo do poço, mas vai chegar. Haverá um aperto geral que vai ser maior ainda. Então isso tudo leva a um caminho para a gente forçá-la a renunciar. A Dilma não tem formação para isso, foi guerrilheira e não quer abrir mão. Mas ela vai chegar a um ponto de pressão popular e de dentro do próprio governo que não vai ter saída”.