O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro investiga o juiz federal Flávio Roberto de Souza – afastado do processo em que o empresário Eike Batista é réu – pelos crimes de peculato, subtração de autos, fraude processual e lavagem de dinheiro. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (5), após o Tribunal Regional Federal negar o pedido de prisão preventiva do magistrado feito pela procuradoria.
No mesmo requerimento, foram pedidos os afastamentos dos sigilos fiscal e bancário e mandados de busca e apreensão de 108 mil euros e U$ 150 mil. Segundo o MPF, o juiz confessou ter desviado a quantia dos cofres da 3ª Vara Federal Criminal. Todos os pedidos foram concedidos pelo TRF, segundo a promotoria.
Segundo as investigações, o dinheiro seria o mesmo apreendido com um traficante internacional de drogas que sumiu dos cofres da 3ª Vara Criminal na semana anterior. Na ocasião, o equivalente a R$ 600 mil confiscados no caso e mais R$ 27 milO Ministério Público afirma que Flávio Roberto de Souza articulou a guarda do dinheiro para possibilitar o desvio.
Afastamento
No dia 3 de março, a 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal do Rio decidiu afastar o juiz Flávio Roberto de Souza do cargo e do processo que tem o empresário como réu, por manipulação do mercado e uso indevido de informações privilegiadas.Todas as decisões tomadas pelo magistrado foram anuladas, com exceção do bloqueio dos bens do empresário.
No mesmo dia, uma junta médica formada por três médicos, reunida pelo TRF2, concedeu licença para o juiz até o dia 8 de abril.
TRF do Rio nega pedido de prisão para o juiz do caso Eike Batista
G1