Em entrevista ao The Guardian, jornal mais respeitado da Inglaterra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que não teme a Lava Jato e mandou um recado aos que o investigam; “As conquistas dos últimos 13 anos não serão perdidas com o fato de eu ser processado ou não”, disse ele; “Não pretendo mudar o que eu sou. E eu fui o melhor presidente da história do Brasil”; segundo Lula, a força-tarefa comandada pelo juiz Sergio Moro já tem um objetivo traçado: condená-lo e não permitir que ele volte a concorrer à presidência em 2018; apesar disso, ele ainda não se anunciou candidato; “Seria muito difícil repetir a minha performance e eu teria que competir comigo mesmo”
247 – Investigado pelo juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece estar convencido de que a força-tarefa da Operação Lava Jato já tem um objetivo traçado: condená-lo e tentar impedir que ele volte a concorrer à presidência da República, em 2018.
Foi o que ele declarou em entrevista exclusiva ao jornalista Jonathan Watts, do jornal britânico The Guardian, o mais respeitado da Inglaterra. Nela, Lula não demonstrou preocupação com um eventual processo criminal. “As conquistas dos últimos 13 anos não serão perdidas com o fato de eu ser processado ou não”, disse ele. “Não pretendo mudar o que eu sou. E eu fui o melhor presidente da história do Brasil.”
Lula, no entanto, ainda não se anunciou candidato. “Seria muito difícil repetir a minha performance e eu teria que competir comigo mesmo.” O ideal, diz ele, seria ter algum candidato que pudesse ser apoiado pelas forças de esquerda.
Sobre as investigações, Lula afirmou que não há ninguém tão tranquilo quanto ele e disse que será possível, no seu caso, verificar se as acusações relacionadas ao sítio de Atibaia e ao apartamento no Guarujá são verdadeiras ou falsas.
Em relação ao impeachment, ele afirmou que não se arrepende de ter indicado a presidente Dilma Rousseff para sucedê-lo e que ela não cometeu crime algum. Mas afirmou que cabe a ela dizer à sociedade como pretende governar após retomar o poder.