A Polícia Federal realiza operação visando desarticular uma quadrilha que fraudava o pagamento de loterias da Caixa Econômica Federal no Estado de Goiás; o ex-jogador da seleção brasileira Edilson é apontado como um dos envolvidos no esquema; fraude era praticada pela validação irregular de bilhetes de loteria; Operação Desventura visa cumprir 54 mandados judiciais em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal
Reuters – A Polícia Federal realizou operação nesta quinta-feira para desarticular quadrilha que fraudava o pagamento de loterias da Caixa Econômica Federal no Estado de Goiás com o envolvimento de um ex-jogador de futebol da seleção brasileira, que, segundo reportagens, seria o pentacampeão mundial Edílson.
De acordo com a PF, a fraude ocorria por meio da validação fraudulenta de bilhetes de loteria, e os valores desviados podem atingir cifras milionárias. Só em 2014, ganhadores deixaram de resgatar 270,5 milhões em prêmios das loterias.
“Os investigadores constataram que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas do banco, que eram escolhidos por movimentarem grandes volumes financeiros e que foram usados para recrutar gerentes da Caixa para serem utilizados na fraude”, disse a Polícia Federal em comunicado.
“Dentre esses correntistas foi identificado, inclusive, um ex-jogador de futebol da seleção brasileira”, acrescentou.
Procurada pela Reuters, a PF informou que não divulgaria o nome dos suspeitos, mas reportagens em sites de jornais disseram que o acusado é o ex-atacante Edílson, que defendeu o Brasil na conquista do pentacampeonato mundial em 2002.
Edílson, de 44 anos e conhecido como “Capetinha”, passou por grandes clubes do país ao longo da carreira, como Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Flamengo.
A chamada Operação Desventura conta com cerca de 250 policiais federais para cumprimento de 54 mandados judiciais, sendo cinco de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 de conduções coercitivas e 19 de busca e apreensão nos Estados de Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal.
Em nota, a Caixa informou que está colaborando com as investigações em andamento. “A Caixa está tomando todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, nos casos de envolvimento de empregados do banco.”
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)