PSDB quer impeachment ou só sangrar governo de Dilma?

WhatsApp
Facebook
Twitter

Senador Cássio Cunha Lima é o mais extremado; ex-candidato Aécio Neves diz que tema não está na agenda tucana; e governador Marconi Perillo não quer nem ouvir falar em impeachment; mesmo sem posição unitária, aumento da pressão do PSDB sobre presidente Dilma Rousseff deixa governo ferido, irritado e propenso a cometer mais erros, escreve a colunista de 247 Tereza Cruvinel; “como um touro provocado pelo toureiro”

Tereza Cruvinel, para o 247 – Cada vez mais se fala em impeachment na oposição. O senador Cássio Cunha Lima o defende, é atacado por isso, Aécio Neves sai em sua defesa: “não está no nosso programa mas falar em impeachment não é crime”. Discrepante, apenas o governador Marcone Perillo, que defendeu Dilma: “ganhou, tem direito de governa”.

A maior parte dos petistas e aliados do governo acha que o impeachment está para valer na agenda do PSDB e sua coalizão. Mas dentro da própria oposição há quem explique: ele vão bater bumbo sobre o impeachment como quem provoca o touro com o pano vermelho, para enfurecê-lo, desorientá-lo, leva-lo a cometer movimentos errados. Na verdade, PSDB e aliados sabem que o impeachment é uma tática arriscada por algumas razões:

1. Ainda faltam os elementos jurídicos e políticos. Tudo bem que ele podem surgir, mas ainda assim, há outros pontos.

2. Um deles, o alto custo para o país, na forma de desorganização da economia, perda de credibilidade e exposição aos ataques especulativos, que sobrariam para o governo do sucessor, seja ele quem for. Antes de dois anos de mandato, haveria nova eleição presidencial.

3. Para o PSDB, voltar ao poder na esteira de um impeachment não seria o melhor dos mundos. Haveria sempre a sombra do “golpismo”, ainda que o afastamento fosse legal.

Assim, mesmo falando em impeachment, o jogo é novamente o da sangria. Atazanar o governo Dilma, enfraquecê-lo até fazer dela o que os americanos chamariam “pata manca” (na comparação de presidentes fracos, geralmente em final de mandato, com “lame ducks”), ferir mais profundamente o PT em sua imagem e credibilidade e atingir, se possivel ao ponto de tornar inelegível, o ex-presidente Lula. Aí, sim, destas ruínas nacionais emergiria um governo tucano livre de qualquer questionamento. É o que receitam os analistas políticos que refletem o pensamento tucano quando começam a fazer restrições ao impeachment.

Com Lula, a oposição apostou na “sangria” mas ele reagiu e reelegeu-se. Dilma, porém, enfrenta outro quadro econõmico e as próprias limitações. Não tem o carisma, a habilidade política e o poder de comunicação de Lula. Nem por isso, preciso esperar imóvel pelos sangradores. Seu desafio agora é retomar a iniciativa política, que se passou do Executivo para o Legislativo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Últimas Notícias

Screenshot_20241010_083144_WhatsApp
Nesta sexta-feira, café da manhã no Sinpfetro
IMG-20240918-WA0281
Luto - Renato Gomes Abreu
Screenshot_20240916_193205_Gallery
Luto - Mauro Gomes de Souza
Screenshot_20240804_200038_Facebook
BEE GEES E O BULLYING - Jair Queiroz
Screenshot_20240730_075200_WhatsApp
Nota de pesar - OLINDINA FERNANDES SALDANHA DOS SANTOS
Screenshot_20240718_121050_WhatsApp
Luto - Adalberto Mendanha
Screenshot_20240714_160605_Chrome
Luto - Morre Dalton di Franco
Screenshot_20240702_125103_WhatsApp
Luto - Cleuza Arruda Ruas
Screenshot_20240702_102327_WhatsApp
Corpo de Bombeiros conduz o corpo do Colega Jesse Bittencourt até o cemitério.
Screenshot_20240701_163703_WhatsApp
Luto - Jesse Mendonça Bitencourt

Últimas do Acervo

Screenshot_20241005_173252_Gallery
Quatro anos do falecimento do colega Paulo Alves Carneiro
Screenshot_20240929_074431_WhatsApp
27 anos do falecimento do José Neron Tiburtino Miranda
IMG-20240918-WA0281
Luto - Renato Gomes Abreu
07-fotor-202407269230
Vário modelos de Viaturas usadas em serviço pela PC RO
Screenshot_20240831_190912_Chrome
Dois anos da morte do colega Aldene Vieira da Silva
Screenshot_20240831_065747_WhatsApp
Quatro anos da morte do colega Raimundo Nonato Santos de Araújo
Screenshot_20240827_083723_Chrome
Quatro anos da morte do colega Altamir Lopes Noé
Screenshot_20240811_181903_WhatsApp
Cinco anos do falecimento do colega Josmar Câmara Feitosa
João Caetano da Silva, que foi Pracinha da Segunda Guerra Mundial
Uma breve História de Guardas Territorias de Rondônia
Screenshot_20240724_173111_WhatsApp
Quatro anos do falecimento do colega Lourival Brito de Souza.

Conte sua história

20220903_061321
Suicídio em Rondônia - Enforcamento na cela.
20220902_053249
Em estrada de barro, cadáver cai de rabecão
20220818_201452
A explosao de um quartel em Cacoal
20220817_155512
O risco de uma tragédia
20220817_064227
Assaltos a bancos continuam em nossos dias
116208107_10223720050895198_6489308194031296448_n
O começo de uma aventura que deu certo - Antonio Augusto Guimarães
245944177_10227235180291236_4122698932623636460_n
Três episódios da delegada Ivanilda Andrade na Polícia - Pedro Marinho
gabinete
O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete - Pedro Marinho.
Sem título
Em Porto Velho assaltantes levaram até o pesado cofre da Padaria Popular
cacoal
Cacoal nas eleições de 1978 - João Paulo das Virgens