MARCOS D‘ PAULA: Brasil, Teresepolis, RJ. 26/03/2009. O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, durante o treino da seleleção brasileira de futebol, na Granja Comary, em Teres�polis, na região serrana do Rio de Janeiro.
Em texto publicado no Viomundo, o jornalista Luiz Carlos Azenha, afirma que o grande temor da Globo diz respeito a eventual indiciamento de Ricardo Teixeira no escândalo do futebol; parceiro histórico da emissora, ele também corre o risco de ser indiciado e preso
247 – Em texto publicado no Viomundo, o jornalista Luiz Carlos Azenha, afirma que o grande temor da Globo diz respeito a eventual indiciamento de Ricardo Teixeira no escândalo do futebol. Leia abaixo:
Escândalo no futebol: Ricardo Teixeira, o homem-bomba que a Globo não quer ver indiciado
Por Luiz Carlos Azenha, no Viomundo
Anos 2000. A International Sport and Leisure (ISL) corre o risco de falir. A empresa havia sido criada por Horst Dassler, o magnata alemão herdeiro da Adidas. Foi o homem que ajudou a inventar o marketing esportivo. Pegar um evento, empacotar e vender a emissoras de televisão já com os patrocinadores definidos.
Hoje sabemos que a ISL dominou o mercado à custa de dezenas de milhões de dólares em propinas. O homem da mala de Dassler era Jean Marie Weber. O encarregado de molhar a mão da cartolagem e garantir os direitos de TV e de marketing que eram das federações.
Foi o esquema da ISL que enriqueceu João Havelange e Ricardo Teixeira. Na casa dos milhões e milhões de dólares. Mostramos no Brasil — modéstia à parte, pela primeira vez — a relação entre as datas de pagamento das propinas e o enriquecimento de Teixeira. Está tudo em O Lado Sujo do Futebol.
Voltemos à ISL. Fustigada por concorrentes, deu passo maior que as pernas, sem contar a drenagem do dinheiro que destinava à corrupção. No desespero, fez um pedido à Globo Overseas, dos irmãos Marinho. Queria um empréstimo. A Globo concordou em fazer um adiantamento de uma parcela devida, relativa a direitos de TV da Copa do Mundo, com 13% de desconto. Assim foi feito.
Mas, a FIFA chiou, já que não recebeu da ISL o repasse que lhe era devido. Foi à Justiça. O caso resultou numa ação contra seis executivos da ISL, inclusive o homem da mala. A Globo foi ouvida no caso. No dia 26 de agosto de 2001, o todo-poderoso do futebol global, Marcelo Campos Pinto, deu depoimento.