Outros 300 devem seguir o mesmo caminho e outros dois mil assinaram termo para não ocupar cargo em comissão no governo. Executivo alega que não tem dinheiro para bancar isonomia dos Civis com a Polícia Federal
POR GABRIEL PONTES | 16/08/2016 19:34
Sinpol-DFMais de dois mil policiais compareceram à assembleia nesta terça-feira Como este site anunciou ontem (segunda, 15), policiais civis do Distrito Federal, em litígio com o governo local, começaram a entregar os cargos de chefia nesta terça-feira. Até o momento, mais de 700 agentes e delegados colocaram os postos de comando à disposição do governo. Outros dois mil entregaram ao sindicato um termo de recusa para ocupar cargo em comissão. Até o diretor-geral da PCDF, Eric Seba, ameaça abandonar a cadeira.
Segundo a categoria, que está em greve, a medida é uma resposta ao governo pela recusa em manter a histórica isonomia da Polícia Civil em relação à Polícia Federal. A entrega dos cargos foi formalizada em assembleia realizada no início da noite desta terça-feira (16).
Os cargos colocados à disposição envolvem as delegacias circunscricionais e especializadas, os institutos de Identificação, de Criminalística e Médico Legal, além do Departamento de Atividades Especiais (Depate), do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) e do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
O governo, por outro lado, alega que não tem recursos e, segundo o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, se o Executivo local não encontrar formas de aumentar a receita, não há como atender à demanda por aumentos salariais.
“Precisamos arrumar recursos na ordem de R$ 1 bilhão para conseguir fechar o ano”, ressaltou o secretário.
De acordo com Sampaio, seria uma irresponsabilidade conceder o reajuste, uma vez que isso prejudicaria investimentos em outras áreas básicas. Ele ressalvou que o governo espera encontrar alternativas para atender a demanda dos policiais. “Vamos prospectar em outros locais, como a Câmara Legislativa, para dar vazão a esse pleito”, prometeu.