Seis em cada dez brasileiro acham que ‘Bandido bom é bandido morto‘

WhatsApp
Facebook
Twitter

PESQUISA REVELA QUE BRASILEIRO CONCORDA COM A VELHA FRASE
Publicado: 02 de novembro de 2016 às 19:35 – Atualizado às 19:53

CRENÇA NA SENTENÇA É MAIOR ENTRE OS MAIS VELHOS, DIZ PESQUISA. FOTO: THIAGO LONTRA
PUBLICIDADE

Seis em cada dez brasileiros disseram concordar com o teor da frase “bandido bom é bandido morto”, segundo pesquisa Datafolha feita a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgada nesta quarta-feira, 2. O estudo analisou a percepção popular sobre temas na área da violência e entrevistou 3.625 pessoas em 217 cidades de todas as regiões do País entre 1 e 5 de agosto.
A crença na sentença é maior entre os mais velhos. Entre entrevistados de 60 anos ou mais, a concordância subiu para 61%, enquanto que entre mais jovens, de 16 a 24, a frase é verdadeira para 54%. Entre regiões do País, o comportamento se manteve relativamente homogêneo, com pequenas variações. É no Norte e no Sul que o porcentual é maior: 61%; no Sudeste, ele é de 53%, no Centro-oeste, de 59%, e no Nordeste, de 60%. Diante da frase, 34% no País disseram discordar e 6% não discordaram nem concordaram.

A receptividade à frase varia, porém, de acordo com o tamanho do município. Nos com até 50 mil habitantes, a concordância é de 62%, enquanto nos que têm mais de 500 mil o porcentual é de 55%. De acordo com dados do Fórum, o País teve 58.383 mortes violentas intencionais em 2015, número similar ao de 2014, e que coloca o País em um patamar crítico de violência.

Para o diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima, a aceitação da prática contra “bandidos” representa um “pedido de socorro”. “Os números mostram que a população reconhece que as condições de trabalho da polícia não são boas, há dificuldades, mas aí também há uma informação muito relevante: parcela significativa adere à máxima de bandido bom é bandido morto, quase como um pedido de socorro em relação à violência do país, mas uma parcela ainda maior diz que a polícia se excede no uso da violência”, disse.

Para ele, “o Brasil sempre teve a violência como uma linguagem corrente”. “Nunca fomos uma sociedade pacífica, nunca valorizamos a vida, sempre foi banalizado. O número revela que de um lado o Estado, não só a polícia, precisa ser mais inteligente, mais eficiente”, disse.

Lima pede por uma mobilização sobre o tema. “Precisamos de uma mobilização da sensibilização da opinião pública. O Brasil precisa entrar no século XXI em um modelo de desenvolvimento mais sustentável, pacífico e parece que isso ainda é desafio para a gente. Os números revelam uma população marcada pela violência como linguagem”.

Violência policial. A pesquisa fez perguntas sobre a sensação de segurança da população, para a qual recebeu como resposta que, por exemplo, 76% tem medo de morrer assassinado e 64% acreditam que policiais são caçados pelo crime.

Por outro lado, 70% disseram acreditar que a polícia exagera na violência – porcentual que sobe para 75% entre jovens de 15 a 24 anos – e 59% tem medo de ser vítima de violência por parte da Polícia Militar; outros 53% demonstraram o mesmo sentimento de receio quanto a Polícia Civil.Sobre as condições de trabalho, 63% demonstraram discordância sobre a classificação de que as estruturas seriam boas.

Dados do 10º Anuário do Fórum, mostraram que 3.345 pessoas foram mortas em decorrência de intervenção policial no ano passado, crescimento de 6,3% em comparação a 2014. “Isso mostra que o Estado brasileiro tem incidido no uso da força letal de forma excessiva, as polícias matam muito, tanto em serviço, quanto fora. Na prática, isso mostra que se tem delegado às polícias brasileiras a decisão de quem deve morrer e quem deve viver na ponta do sistema. Uma pena de morte travestida” , disse na semana passada a diretora executiva da entidade, a pesquisadora Samira Bueno.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Notícias

Screenshot_20250314_174025_WhatsApp
Homenagem do Tribunal de Justiça de Rondônia, a sindicalizada, Maria Ivanilda de Andrade
Screenshot_20241208_210649_WhatsApp
Luto - David Barroso de Souza
Screenshot_20241010_083144_WhatsApp
Nesta sexta-feira, café da manhã no Sinpfetro
IMG-20240918-WA0281
Luto - Renato Gomes Abreu
Screenshot_20240916_193205_Gallery
Luto - Mauro Gomes de Souza
Screenshot_20240804_200038_Facebook
BEE GEES E O BULLYING - Jair Queiroz
Screenshot_20240730_075200_WhatsApp
Nota de pesar - OLINDINA FERNANDES SALDANHA DOS SANTOS
Screenshot_20240718_121050_WhatsApp
Luto - Adalberto Mendanha
Screenshot_20240714_160605_Chrome
Luto - Morre Dalton di Franco
Screenshot_20240702_125103_WhatsApp
Luto - Cleuza Arruda Ruas

Últimas do Acervo

Screenshot_20250317_110142_Chrome
Luto - Morre o Cel. Walnir Ferro
Screenshot_20250314_174025_WhatsApp
Homenagem do Tribunal de Justiça de Rondônia, a sindicalizada, Maria Ivanilda de Andrade
Screenshot_20250314_130349_Facebook
GUERREIRAS DA LEI: HONRA E CORAGEM DAS MULHERES POLICIAIS CIVIS
FB_IMG_1740562478358
HOMENAGEM "POST MORTEM" AO DR. JOSÉ ADELINO DA SILVA.
Screenshot_20250114_065730_Chrome
Quatro anos do falecimento do colega José Rodrigues Sicsu
Screenshot_20250111_050851_Gallery
Dois anos do falecimento do colega Dativo Francisco França Filho
Screenshot_20250103_061531_Gallery
Quatro anos do falecimento do colega José Jorio Ismael da Costa
Screenshot_20250102_064454_Chrome
Um ano do falecimento do colega André Luiz Otto Barbosa
Screenshot_20241227_055417_Gallery
Um ano do falecimento de João Lins Dutra
Screenshot_20241020_205838_Chrome
Dez anos do falecimento do colega, Henry Antony Rodrigues

Conte sua história

Screenshot_20250314_130349_Facebook
GUERREIRAS DA LEI: HONRA E CORAGEM DAS MULHERES POLICIAIS CIVIS
20220903_061321
Suicídio em Rondônia - Enforcamento na cela.
20220902_053249
Em estrada de barro, cadáver cai de rabecão
20220818_201452
A explosao de um quartel em Cacoal
20220817_155512
O risco de uma tragédia
20220817_064227
Assaltos a bancos continuam em nossos dias
116208107_10223720050895198_6489308194031296448_n
O começo de uma aventura que deu certo - Antonio Augusto Guimarães
245944177_10227235180291236_4122698932623636460_n
Três episódios da delegada Ivanilda Andrade na Polícia - Pedro Marinho
gabinete
O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete - Pedro Marinho.
Sem título
Em Porto Velho assaltantes levaram até o pesado cofre da Padaria Popular