Agência Brasil:
Em entrevista coletiva nesta terça-feria, 24, líderes de bancada do PSOL, PSB, PSDB, DEM, Rede e PPS anunciaram que tentarão impedir todas as votações no plenário da Câmara, até que Eduardo Cunha(PMDB-RJ) deixe a presidência da Casa; grupo anunciou também que não irá mais participar das reuniões semanais que define as pautas de votações e dos almoços das lideranças; “Ficou claro que Eduardo Cunha não mede os esforços quando o objetivo é proteger-se. É um comportamento mesquinho que não combina com o decoro que a Casa exige”, disse o líder do PSDB e ex-aliado de Cunha, Carlos Sampaio; para Chico Alencar, líder do PSOL, age com “arrogância” ao não ter “sintonia com a realidade”
247 – Em entrevista coletiva nesta terça-feria, 24, líderes de bancada de seis partidos – PSOL, PSB, PSDB, DEM, Rede e PPS – anunciaram que tentarão impedir todas as votações no plenário da Câmara, até que Eduardo Cunha(PMDB-RJ) deixe a presidência da Casa. Juntas, as siglas somam 128 dos 513 deputados federais.
O grupo anunciou também que não irão mais participar das reuniões semanais que define as pautas de votações e dos almoços das lideranças, geralmente, realizados às terças-feiras.
De acordo com o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), ex-aliado de Cunha, a decisão foi tomada em represália às manobras de Cunha para cancelar a reunião do Conselho de Ética que iria analisar o relatório prévio recomendando a continuidade do processo que pede a cassação do mandato do peemedebista.
“Ficou claro que Eduardo Cunha não mede os esforços quando o objetivo é proteger-se. Não queremos um presidente que use o seu cargo. É um comportamento mesquinho que não combina com o decoro que a Casa exige”, ressaltou Sampaio.
Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), que também apoiou a gestão de Eduardo Cunha na Casa, o gesto do peemedebista demonstra que ele tem usado as prerrogativas do cargo de presidente da Câmara para se proteger.
“A cena da semana passada marca, de forma negativa, a história do parlamento. Nós reagimos junto com outros parlamentares, demonstrando nossa insatisfação e revolta como o episódio e a forma como a presidência da Casa foi utilizada para impedir as investigações no Conselho de Ética”, destacou o líder do DEM.
Já o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), também afirmou que a Câmara não funcionará normalmente enquanto Cunha estiver no comando dos trabalhos. Na avaliação de Molon, a situação ficou “insustentável”.
Para o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), Cunha age com “arrogância” ao não ter “sintonia com a realidade”. “Um presidente de poder que não perceba o que aconteceu na quinta-feira, onde ele inclusive insistiu em tentar reconstituir a sessão plenária e não conseguiu, é alguém que está fora da realidade, está fora do mundo. Alguns poderiam considerar isso elementos de uma psicopatia”,