Senado aprova intervenção federal na segurança pública do Rio

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Em uma sessão muito mais curta e tranquila que a da Câmara, na noite anterior, o Senado aprovou por 55 votos a favor e 13 contra a intervenção federal no Rio de Janeiro
PT Paulo de Tarso Lyra
Correiobrazilense.com.br
(foto: Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)

O Senado aprovou, na madrugada desta quarta-feira (21/2), com 55 votos a favor, 13 contrários e uma abstenção, o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Foi uma sessão bem mais rápida e tranquila do que a da Câmara, que ultrapassou sete horas de duração e terminou na madrugada de terça-feira. No Senado, foram pouco mais de três horas de discussão.

Também de maneira distinta da Câmara, os senadores de oposição centraram as críticas e os ataques ao decreto em si. Eles evitaram afirmar que a decisão do Planalto serve para esconder a incompetência do governo em conseguir votos para a reforma da Previdência.

O presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), firmou o pé no regimento interno e limitou a 10 o total de senadores que se pronunciariam antes da votação — cinco a favor e cinco contra. Além de definir as regras para tramitação da matéria, Eunício também anunciou em Plenário a decisão, manifestada anteriormente, de suspender a tramitação de todas as matérias constitucionais em qualquer comissão da Casa. “Estou tomando essa decisão em respeito à Constituição Federal, que eu jurei cumprir quando assumi o mandato e, depois, quando vocês me elegeram para conduzir os trabalhos da Casa”, disse.

Com seu característico tom dramático, o líder do PR na Casa, Magno Malta (ES), defendeu a aprovação comparando a situação no Rio com questões médicas. “Conheci uma pessoa que estava doente, com câncer. Ela foi obrigada a fazer quimioterapia e radioterapia. Perguntei se ela achava que o tratamento surtiria efeito. Me disse que não sabia. A criminalidade é um câncer. A intervenção surtirá efeito? Não sei. Mas algo precisa ser feito”, discursou Malta.

“Intervenção decorativa”

Um dos ataques mais duros à intervenção partiu do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que logo no início protestou contra a determinação, dada por Eunício, de limitar as intervenções a 10 senadores. “Esse é um assunto que mexe com a atividade federativa brasileira. Eu quero me inscrever para debater o assunto e não estou vendo meu nome no painel”, protestou Renan.

Eunício rebateu dizendo que Renan conhece bem as regras regimentais, que amparavam sua decisão. “Não estamos falando de regimento, o senhor está me impedindo de conversar. Logo eu que sempre fui tão condescendente com Vossa Excelência. Sei os compromissos com a governabilidade, mas este governo criou uma intervenção decorativa. Aliás, o próprio presidente gosta desse termo”, disse Renan, mencionando carta que Temer, ainda vice-presidente, enviou a Dilma Rousseff queixando-se de ser “decorativo”.

Tanto a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) quanto o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) citaram a manchete do Correio de terça-feira destacando a frase do ministro da Justiça, Torquato Jardim: “Não existe guerra que não seja letal”. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, acompanhou o início dos debates e, após sucessivas críticas e queixas desferidas a ele por Renan, optou por deixar o Plenário do Senado. Na Câmara, ele ficou até quase o momento da votação, tietado por muitos deputados do Rio, que o convidavam para tirar selfies.

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